terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Feliz Natal e ORKUT PARA CRISTO


Desejo um feliz Natal para todos que fazem parte da Comunidade ORKUT PARA CRISTO, e para todos os seus familiares.

O Natal é uma data em que podemos relembrar não só o nascimento de Cristo, mas sim o nosso novo nascimento em Cristo.

As boas novas anunciadas em Belém repercutem até os dias atuais, pois o Cristo que nasceu em Belém e morreu no Getsêmani ressuscitou e vive para todo o sempre.

Um dia assim como Ele é eterno seremos eternos e viveremos na Glória com Ele, lá não haverá mais dor, nem pranto nem clamor, e todos os dias serão alegres e festivos como o Natal, pois o autor do Natal, estará lá ao nosso lado para nos alegrar, para todo o sempre.

Deus vos abençoe.

Airton Mendes da hora
Comunidade ORKUT PARA CRISTO

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

O Que é fé ???


O Que é Fé
Fé não é só ter esperança, acreditar ou de alguma forma esperar que algo aconteça, mas fé é saber, é ter certeza absoluta!

Para nós atualmente a fé perdeu o seu significado. Hoje em dia a palavra fé significa uma crença vaga e pouco clara numa coisa qualquer.

Hebreus 11:1 diz: "Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam," e a palavra traduzida como "firme fundamento" nesse versículo é a palavra grega "hypóstasis". Quando traduziram o Novo Testamento do Grego há quase 400 anos, os tradutores ainda estavam confusos com a palavra "hypóstasis", pois parecia se tratar de algum termo comercial que não era normalmente usado na literatura grega clássica. Tudo o que sabiam é que significava algo bastante concreto, e por isso traduziram por "firme fundamento".

Mas há poucos anos os arqueólogos desenterraram no Norte de Israel as ruínas de uma velha estalagem. Lá eles acharam um pequeno cofre de ferro que continha os documentos de uma nobre romana que possuía terras e propriedades em Israel. Quase todos os documentos tinham um grande título: "HYPÓSTASIS". Eram todos títulos das propriedades dela! Talvez esta romana nunca tivesse visto as propriedades que comprara em Israel, mas sabia que eram dela e podia provar que eram dela porque tinha o título de propriedade.

Alguém prometeu me dar um carro uma vez, e recebi o certificado de proprietário pelo correio. Embora eu nunca tivesse visto o carro nem o tivesse dirigido, eu sabia que era meu porque tinha o certificado de proprietário nas mãos. Então, o que é a fé? É o título de propriedade! "Ora, a fé é o título de propriedade das coisas que se esperam" (Hebreus 11:1). Se você pediu alguma coisa ao Senhor mas ainda não viu a resposta, não se preocupe. Se você tiver fé verdadeira, então terá o título nas mãos, e o seu nome escrito nele! É seu e mais cedo ou mais tarde você verá o que pediu!

David Berg

Fé é acreditar sem qualquer desconfiança,
Ainda que na frente nenhuma luz exista,
Deixando a dúvida e a falta de esperança,
Para aqueles que andam apenas por vista.
Confiar nas promessas de Deus, isso é fé,
Quando parece que Deus já nos esqueceu,
É não duvidar nem vacilar como São Tomé,
Nem buscar sinais e lamentar o que não sucedeu.
Fé é acreditar em Deus e nunca esquecer,
A esperança dum futuro que um dia virá,
Fé é a coragem de acreditar sem esmorecer,
Que tudo o que esperamos um dia acontecerá.

"Sem fé é impossível agradar-lhe: pois é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que é galardoador dos que O buscam" (Hebreus 11:6).

texto original http://www.clubedaluz.com.br/oqueefe.htm

domingo, 11 de novembro de 2007

Deus é Amor, Misericordioso, mas também é justo e Santo


Deus é Amor, Misericordioso, mas também é justo e Santo
Muitas pessoas enfatizam constantemente algumas das qualidades de Deus, entre estas a Misericórdia e o Amor, mas esquecem de salientar outras qualidades de Deus, como sua Santidade e sua Justiça.

Porque falar nisso ???

Simples, quando o homem peca, procura achar escape, no amor de Deus, e em sua misericórdia, e procura esquecer os princípios de santidade e justiça tão difundidos na bíblia.

A bíblia está cheia de exemplos nos quais apesar de Deus agir com amor e misericórdia, também agiu com justiça e santidade. Davi feriu a honra de Urias se relacionando com sua esposa batseba, Deus perdoou ?? Sim, mas Davi não ficou impune, o profeta Natã veio até Davi, e usando de uma parábola, fez com que o próprio Davi desse a sentença para si , e por Davi a sua sentença seria a morte.

Deus teve misericórdia e amor, e não matou Davi, porém o fruto daquele relacionamento morreu, a honradez de Davi também foi maculada por seus próprios filhos que se deitaram com suas concubinas. A Espada foi constante na casa de Davi, vejamos as mortes de Amom, Adonias e Absaláo, além do Estupro da irmã de absalão filha de Davi.

Como pais, seríamos capaz de dar nossas vidas por nossos filhos, imaginem então quanto não sofreu Davi, por todos os trágicos fatos que se sucederam relacionados aos seus filhos. Talvez muitos fatos horrendos que sucederam a Davi fossem evitados se ele tivesse vigiado na questão de Urias.

Davi se tornou um homem segundo o coração de Deus, e realmente usufruiu do amor e da misericórdia de Deus, mas não escapou de sua santidade e justiça.

Por isso busquemos a Santificação sem a qual ninguém poderá ver a Deus, e sejamos justos praticando sempre o bem tanto a amigos como a inimigos, e grande será o nosso galardão. Esqueçamos a vingança, pois ela pertence tão somente a Deus. Aprenda com o passado, para viver um futuro melhor, a bíblia está repleta de fatos passados que podem nos instruir, leiamos a Bíblia constantemente,

Que Deus possa te abençoar, com essa simples mensagem !!!

Airton Mendes da Hora
Comunidade ORKUT PARA CRISTO

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Salmo 23 leitura Dupla


Salmo 23 Leitura Dupla
O SENHOR É MEU PASTOR
Isso é relacionamento
NADA ME FALTARÁ
Isso é suprimento
CAMINHAR ME FAZ EM VERDES PASTOS
Isso é descanso
GUIA-ME MANSAMENTE ÀS ÁGUAS TRANQÜILAS
Isso é refrigério
REFRIGERA MINHA ALMA
Isso é cura
GUIA-ME PELA VEREDA DA JUSTIÇA
Isso é direção
POR AMOR DO TEU NOME
Isso é propósito
AINDA QUE EU CAMINHE PELO VALE DA SOMBRA DA MORTE
Isso é provação
NÃO TEMEREI MAL NENHUM
Isso é proteção
PORQUE TU ESTÁS COMIGO
Isso é fidelidade
A TUA VARA E O TEU CAJADO ME CONSOLAM
Isso é disciplina
PREPARAS UMA MESA PERANTE MIM, NA PRESENÇA DOS MEUS INIMIGOS
Isso é esperança
UNGE A MINHA CABEÇA COM ÓLEO
Isso é consagração
E MEU CÁLICE TRANSBORDA
Isso é abundância
CERTAMENTE QUE A BONDADE E A MISERICÓRDIA ME SEGUIRÃO TODOS OS DIAS DA MINHA VIDA
Isso é benção
Tenha uma SEMANA abençoada!!!

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Deus me ajude

Por David Wilkerson
sem data
__________
Há uma mensagem flamejante ardendo em meus ossos. Trata-se de uma mensagem que todo cristão precisa ouvir, especialmente nestes dias de tentações insuportáveis e de sofrimento atroz.

A mensagem que lhe trago do Senhor é simplesmente esta: Deus não se esqueceu de você! Ele sabe exatamente o ponto a que você chegou, o que está fazendo neste instante, e acompanha cada passo em seu caminho. Mas somos iguais aos filhos de Israel que duvidavam do cuidado diário que o Pai tinha por eles, apesar de que profetas foram enviados para entregar maravilhosas promessas dos céus.

O povo de Deus se assentava na escuridão, com fome e com sede, orando por livramento e consolo. Deus pesou todas as lágrimas, ouviu o seu clamor e respondeu: “Guardar-te-ei...não terão fome nem sede...O que deles se compadece os guiará e os conduzirá aos mananciais das águas...porque o Senhor consolou o seu povo e dos seus aflitos se compadece...” (Isaías 49). Será que Israel se rejubilou nestas promessas enviadas diretamente do trono de Deus? Será que o povo de Deus parou de ter medo e começou a confiar no Senhor para que se cumprissem? Será que os feridos e confusos creram em uma única palavra destas promessas? Não!

“Mas Sião diz:o Senhor me desamparou, o Senhor se esqueceu de mim” (Isaías 49:14). Não se tratava de ímpios ou dos filhos do diabo. Antes, tratava-se daqueles “que buscam o Senhor...os filhos de Abraão...que conhecem a justiça...em cujos corações habita a lei de Deus...” Será que Deus precisava deixar a Sua palavra ainda mais clara para estes filhos teimosos e incrédulos? Deus ficou muito inquieto pelo fato deles não estarem se apropriando de Suas promessas ou as ouvindo. Quase que dá para sentir a impaciência do Senhor ao repreender a incredulidade deles: “Eu, eu sou aquele que vos consola; quem, pois, és tu, para que temas o homem...que te esqueces do Senhor, que te criou, que estendeu os céus e fundou a terra, e temes continuamente todo o dia o furor do tirano, que se prepara para destruir?...” (Isaías 51:12-13).



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Simplesmente Ignoramos as Promessas de Deus



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Será que isto soa familiar? Cá estamos hoje como filhos do mesmo Deus Santo, possuindo em nós a maravilhosa promessa do consolo do Espírito Santo; mesmo assim saímos todos os dias temendo o opressor. Conhecemos o que nosso Senhor nos prometeu: orientação, paz, abrigo do temporal, solução quando não parece existir solução, recursos para todas as necessidades, cura para todas as dores. Cremos em alguma destas coisas? Será que jogamos estas promessas em algum lugar da mente e prosseguimos em nossos caminhos, com preocupação, medo, e resolvendo nós mesmos as coisas? Temo que sim! E somos todos iguais. Ficamos tensos, sós e deprimidos, caímos em tentação, cedemos à luxúria; cometemos erros trágicos e vivemos em culpa e terror - e o tempo todo optamos por esquecer tudo que Deus nos prometeu. Esquecemos que servimos um Deus que lançou os fundamentos desta terra. Esquecemos que nosso Pai é onipotente, e que tudo que existe foi feito por Ele. Só enxergamos os nossos problemas. Os nossos medos bloqueiam a visão do Seu poder e da Sua glória. Nos apavoramos; entramos em pânico; questionamos; duvidamos.

Esquecemos, na hora da necessidade, que nosso Deus nos tem na palma de Suas mãos. Em vez disto, assim como os filhos de Israel, tememos nos complicar ainda mais e sermos destruídos pelo inimigo. Como deve ser difícil para nosso amoroso Pai entender porque não confiamos nEle quando estamos derrotados e enfrentamos necessidades. Ele deve pensar: “Será que não sabem que os gravei na palma das mãos? Não posso Me esquecer deles na hora da necessidade mais que uma mãe que amamenta, possa esquecer de seu filho...e mesmo que uma mãe se esqueça de seu filho, não Me esqueço de um sequer de meus filhos” (Isaías 49:15-16).



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O Pecado dos Cristãos é a Incredulidade



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Vez após outra Deus foi a Israel pleiteando a confiança deles nas épocas de crise. “Porque assim diz o Senhor Deus, o Santo de Israel: Em vos converterdes e em sossegardes, está a vossa salvação; na tranqüilidade e na confiança, a vossa força, mas não o quisestes” (Isaías 30:15). Deus lhes dizia: “Vocês não Me pediram, não oraram em busca de ajuda e orientação. Não aguardaram que os ajudasse. Não vieram a Mim em busca de auxílio e de força quando realmente estavam precisando. Não aceitaram o Meu conselho; não esperaram que Eu operasse; não esperaram aquela terna palavra que sussurra: ‘Eis o caminho: vá por ele’. Não creram que Meu braço forte pudesse os livrar. Não invocaram o Meu nome - que dá repouso à sombra de Minhas mãos. Não! Vocês mesmos resolveram tudo com as próprias mãos; dependeram de outros; confiaram em seu próprio raciocínio. Plantaram palha e se queimaram no próprio fogo.”

Finalmente, Deus parece gritar com Israel: “Buscai no livro do Senhor, e lede; nenhuma destas coisas falhará...porque a minha própria boca o ordenou...confortai as mãos fracas, e fortalecei os joelhos trementes. Dizei aos turbados (desalentados) de coração: Esforçai-vos, não temais; eis que o vosso Deus virá com vingança, com recompensa de Deus; ele virá, e vos salvará...e deles fugirá a tristeza e o gemido” (Isaías 34:16, 35:3-10).

Parece-me que até no Novo Testamento ressoa o desprazer de Deus em relação à incredulidade: “Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento. Não suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma cousa; homem de ânimo dobre, inconstante em todos os seus caminhos” (Tiago 1: 6-8).

Jesus se preocupava em quando retornar à terra, não encontrar fé. Ele tinha acabado de trazer uma mensagem a respeito da certeza de Deus responder às orações. Tinha acabado de prometer que o Pai celestial depressa fará “justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite”. Deve ter sido com um coração pesaroso que Jesus disse o seguinte: “Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Contudo, quando vier o Filho do homem, achará, porventura, fé na terra?” (Lucas 18:7-8).



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Começamos a Duvidar que Deus Ainda Responda às Orações



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Será que continuamos sofrendo - continuamos em pecado, continuamos vivendo em derrota e em fracasso - simplesmente porque na verdade não acreditamos que Deus ainda responda nossas orações?

Será que somos tão culpados quanto os filhos de Israel, pensando que Deus nos abandonou e nos deixou entregues aos nossos próprios métodos de resolver as coisas por nós mesmos? Será que realmente cremos no Senhor quando diz que Deus agirá na hora certa, em resposta à nossa oração de fé? A declaração de Jesus traz a implicação de que a maioria de nós, mesmo os chamados e escolhidos, não estará confiando nEle quando de Sua volta. Alguns no meio do povo de Deus, já perderam a confiança nEle. Não crêem, lá no fundo de suas almas, que as suas orações produzam qualquer diferença. Agem como se estivessem sós.

Em vez de nos submetermos ao Senhor em quieta confiança e descansar em Suas promessas, nos esforçamos tanto para arranjarmos nossas próprias soluções. E quando o nosso jeito de resolver as coisas vira uma tragédia, nos zangamos com Deus.

Uma jovem divorciada confessou: “Quase que saí para ficar bêbada hoje. Há um ano que oro pela volta do meu esposo, mas em vez de voltar para mim, ele arranjou outra mulher. Deus não respondeu à minha oração, então achei que deveria sair e encher a cara para Lhe mostrar como estou uma fera.” Que pena! Ela estava pronta a descarregar em cima de Deus porque Ele não respondeu a oração dela, à maneira dela, no horário dela. Como muitos outros que suplicam favores a Deus, ela queria só uma coisa: alívio para a solidão e libertação para sua energia sexual. Ela não queria mais de Jesus, mais santidade e caráter cristão. Não! Simplesmente desejava um homem ao seu lado. Imediatamente entendi que Deus não responderia à oração desta mulher. Ela não estava pronta para receber o marido de volta. Ainda era uma aleijada emocional, e iria encrencar tudo outra vez. Só restaria, então, um novo fracasso, e seu desespero seria acrescido. Deus não a havia abandonado; Ele estava na realidade sendo misericordioso com ela. Estava salvando sua vida, mas ela não conseguia enxergar isto.

Agora seja honesto! A sua fé ficou mais fraca ultimamente? Será que você quase desistiu de certas coisas em favor das quais já orou tanto? Cansou de esperar? Será que você jogou as mãos para cima, resignado, como a dizer: “Não adianta: eu não consigo. Não sei o que há de errado e por que a minha oração não é respondida. É claro que Deus disse não para mim.”

E todas as pessoas sós do mundo, que são consumidas pela solidão? E os jovens solteiros que ficam meses e até anos orando por um companheiro? Outros ficariam satisfeitos se Deus respondesse à sua oração e lhes desse simplesmente um amigo. Eles choram à noite. O telefone se transforma em sua linha da vida, e quando tudo fica insuportável, eles ligam para alguém - qualquer um - só para conversar um pouquinho. Será que Deus ainda responde a este tipo de prece? Você sabe, aquele tipo antigo de prece quando as garotas cristãs ainda ficam pedindo um marido cristão - e os meninos oram por uma esposa cristã? Será que Deus milagrosamente pode enviar para vidas solitárias os amigos, os companheiros, em resposta à oração e à fé? Eu ainda tenho que crer que Deus trabalha deste jeito. Contudo sei de um fato, após entrevistar centenas de pessoas solitárias: que só poucos deles crêem realmente nas promessas de Deus.

Mostre-me um filho de Deus só, sofrido, que coloca o caráter e o crescimento à frente das outras necessidades, e lhe mostro alguém que certamente será preenchido. Em vez de orar com fé, em vez de ler a palavra de Deus e crescer no poder, em vez de entregar o futuro a Seus cuidados - a maioria dos solitários fica vendo TV, lendo revistas vulgares, e se tornam espiritualmente entorpecidos. Sua fé é débil porque são aleijados espiritualmente. Só oram por curtos períodos. Ficam chafurdando na autocomiseração e na auto-condenação. Ficam atrofiados e sem fé, prontos para achar que Deus os escolheu no meio da multidão para os tratar mal. Deus não pode responder suas orações porque não estão prontos para a amizade e para o amor de verdade. Iriam complicar tudo em pouco tempo, porque incredulidade em relação a Deus sempre leva à instabilidade nas relações humanas! Digo o seguinte para as pessoas solitárias: volte para o lugar secreto! Volte para a fé simples, como a de uma criança! Comece a ansiar ardentemente por Jesus - mais do que por uma companhia. Deus irá, segundo a Sua própria palavra, cuidar de todas as suas necessidades.



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Que Deus Me Ajude, Ou Vou Estragar Tudo



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Quase em todo lugar onde vou atualmente, ouço cristãos, até ministros, dizendo que algo falta em suas vidas. Um pastor amigo meu resumiu tudo assim: “David, começo a ter fome do Senhor. Meu espírito se quebranta; choro por horas. Sinto como se uma coisa em mim procure se expressar. Como algo prestes a nascer. Quero mais de Deus, e mais da vida. Quero ser santo. Quero conhecer a Deus e me chegar a Ele. Oro para que o que estou sentindo não se esvaeça, mas que cresça até que eu consiga. Mas, tristemente, em poucas semanas perco o meu espírito quebrantado. Volto aos meus antigos medos e à minha sequidão. Eu chego perto, mas não vou até o fim. Aí, me pergunto: o que aconteceu?”

Isto descreve o que você está passando? Está sentindo-se assim, fora, mas pertinho do portão, pronto para irromper em uma vida de alegria, fé, orações respondidas e vitória? Algo fica lhe condenando, como se você nunca faça o suficiente para agradar a Deus? Às vezes fica raciocinando: “Simplesmente não estou fazendo nada. Não tenho nada realizado. Não estou crescendo. Não estou apresentando progresso real”?

Sou da opinião de que em todos nós, um pouco abaixo da superfície, paira um pensamento terrível: “Oh Deus, me ajude, ou vou estragar tudo.” Nunca o dizemos, mas pensamos. “Deus, sou tão fraco, tão suscetível àquele pecado que me assedia, tão ignorante sobre vencer as tentações, tão confuso quanto à oração e como derrotar o diabo - tenho medo de fazer alguma besteira e estragar tudo.”



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Deus Não É Um Caçoador Divino e Nem Um Enigma



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Qual o significado de orações não respondidas? da dor que continua? de o sofrimento persistir, e Deus parecer não estar fazendo nada em resposta à nossa fé? Muitas vezes o amor de Deus por nós nestas ocasiões é mais supremo do que nunca. A palavra diz, “Quem Deus ama, Ele corrige.” Uma correção de amor ganha prioridade sobre todo ato de fé, sobre toda oração, sobre toda promessa. Aquilo que aos meus olhos está me machucando, pode ser Ele me amando. Pode ser Sua mão gentil me corrigindo devido à minha teimosia e ao meu orgulho. Deus pode estar me dizendo: “Prometi atender à todas as suas necessidades. Lhe disse que faria tudo que Me pedisse em fé. É preciso que você submeta-se a este período de correção; é o único modo de o transformar em um experiente vaso de amor. Você pode pedir para se livrar disto, mas isto só vai atrasar o seu crescimento espiritual. Através deste sofrimento você aprenderá obediência, se submeter-se.”

Temos fé em nossa fé. Colocamos mais ênfase no poder de nossas preces do que em ganhar o Seu poder sobre nós. Queremos entender a Deus de modo que O possamos ler como a um livro. Não desejamos ser surpreendidos, nem nos espantar. E quando as coisas acontecem de modo contrário à nossa concepção de Deus, dizemos: “Isto não é de Deus; não é assim que Ele opera.”

Ficamos tão ocupados trabalhando em cima de Deus, que esquecemos que Ele está tentando trabalhar em nós. A vida é assim: Deus trabalhando em nós, tentando nos reconstruir como vasos de glória. Estamos tão ocupados orando para mudar as coisas, que temos pouco tempo para permitir que a oração nos mude. Deus não pôs a oração e a fé em nossas mãos, como se fossem duas ferramentas secretas através das quais um selecionado grupo de “experts” aprendesse a extrair com dificuldades algo dEle . Deus diz que está mais desejoso de dar, do que nós em receber. Por que usamos a oração e a fé como “chaves” ou ferramentas para destravarmos algo que jamais esteve lacrado? Tudo é dado livremente; se derrama sobre nós. Trata-se de um depósito com todas as portas e as janelas abertas, com um Pai que opera todos os dias, carregando-nos com Seus benefícios. Quando Jesus disse “Batei, e se vos abrirá”, referia-Se à sua porta, não à dEle. Derrube todas as suas próprias portas. Você não precisa de chave para entrar à Sua presença.

A oração não é para o benefício de Deus; mas para o nosso. Fé não é para o benefício dEle, mas para o nosso. Deus não é um caçoador eterno, divino. Ele não Se cercou de enigmas para que o homem desvendasse, como a dizer, “Os espertos conseguem.”

Estamos tão confusos neste assunto de oração e fé; temos tido a audácia de pensar em Deus como um “gênio” pessoal nosso, que satisfaz qualquer desejo. Achamos que a fé é um modo de enquadrar Deus em Suas promessas. Achamos que Deus Se agrada de nossos esforços de encostá-lO na parede e gritar: “Deus, Tu não podes voltar atrás em Tuas promessas. Eu quero aquilo que me está reservado. Estás obrigado por Tua palavra. Deves cumpri-la ou então Tua palavra não é a verdade.”

É por isto que perdemos o verdadeiro sentido da oração e da fé. Só vemos Deus como um doador, e nós recebedores. Mas a oração e a fé são as avenidas pelas quais nos tornamos doadores a Deus. Elas devem ser usadas, não como jeito de receber coisas de Deus, mas como uma maneira de dar a Deus aquilo através do que possamos agradá-lO.



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Algo Mais Que Uma Oração Respondida



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Você quer a promessa ou o Criador da promessa? Você quer a resposta à oração ou quer Aquele que opera todas as coisas para o bem? Dá para você imaginar uma esposa que fica junto com o marido só pelos benefícios que colhe? Ela desfruta do prestígio do marido famoso, usando livremente seu nome para melhorar a posição pessoal. Aproveita todo o luxo que ele oferece; faz saques em seu cartão de crédito. E admite como garantido aquele que tanto lhe ama. Gasta pouco tempo com ele; se preocupa tanto com seu próprio conforto e seus próprios prazeres. Quanto tempo levará para que o mundo todo saiba que ela usa o esposo, que está mais interessada não tanto nele, mas no que ele dá? Amada noiva de Cristo: não é assim que tratamos o Mestre? Exigimos usar Seu cartão de crédito, mostrando tão pouco interesse em Seu amor.

Todas as promessas são dadas para que nos tornemos participantes dEle. Ele deseja pôr a Sua natureza divina em nossos frágeis corpos.

Creio eu serem minhas todas as promessas? Sim! Creio eu que Deus ainda responde as orações? Sim! Será que eu creio que Ele vai me consolar, me livrar, me dar as coisas necessárias para que eu seja livre e preenchido? Sim! Mas tudo que Deus faz em mim e para mim depende de uma coisa: preciso crer que Ele ouve quando O invoco, que pesa toda lágrima, que está mais interessado em dar do que eu em receber, que está mais ansioso para responder qualquer oração que me ajudará a ser mais como Ele, que jamais irá reter nada que eu precise, por um tempo maior do que eu possa suportar.

Deus não Se esqueceu de mim - nem de você! Mil vezes não! Ele neste instante, está desejando que creiamos que Ele está agindo para que todas as coisas cooperem para o nosso bem. Então pare de tentar compreender; pare de se preocupar; pare de duvidar do seu Deus! A resposta está chegando! Deus não trancou Seus ouvidos! Você colherá - na estação certa - se não esmorecer!

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Valorize o Que você tem !!!


Valorize o que você tem !!!
Existe um hino que diz:

Quero que valorize o que você tem.....
Nada de ficar sofrendo angústia e dor neste teu complexo interior.....
O espírito Santo se move em você......
Você tem valor.

Todos nós que aceitamos a Cristo um dia como nosso único e suficiente salvador, temos um valor inestimável, e o preço que valemos, foi pago com sangue, sangue do cordeiro imaculado Jesus Cristo.

Infelizmente, muitos tem se esquecido deste valor e tendo dado ouvidos a doutrinas enganadoras enfatizadas pelo inimigo de nossas almas, conhecido pelo nome de Satanás.

Muitos são os argumentos que poderia usar para ressaltar o valor que você e eu temos, mas vou me pautar apenas no fator principal, que é o fato de Jesus ter dado a sua vida para nos redimir.

O Inimigo de nossas almas conheceu o céu e tudo que nos espera, sabe também da veracidade da bíblia, mas o objetivo principal dele é que como já está derrotado, pretende levar a derrota a muitos outros.

Se temos valor, temos que fazer valer este valor, indo contra o que Satanás deseja, e indo de encontro ao que Cristo quer.

Pecar voluntariamente é não se dar valor, Desistir de servir a Jesus e curtir as coisas hodiernas que o mundo oferece, é não se dar valor, Fornicar é não se dar valor, adulterar é não se dar valor, roubar é não se dar valor, mentir é não se dar valor, fofocar da vida alheia é não se dar valor.

Pecando estamos novamente crucificando a Cristo. Reflita nesta mensagem simples, e de valor ao Espírito Santo que está dentro de você, valorize o que você tem e dê frutos, pois aqueles que dão frutos não serão extirpados da videira verdadeira JESUS.

Deus vos abençoe

Airton Mendes da Hora
Comunidade ORKUT PARA CRISTO

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Inteligência Emocional Interpessoal - Teoria das Múltiplas Inteligências


Alípio Ramos Veiga Neto
Áreas de atuação: Marketing, Marketing Educacional, Comportamento do Consumidor e Negócios Internacionais
Consultor de Marketing Educacional e Pesquisa Científica
Em universidades particulares de vários Estados do Brasil
Professor orientador no Mestrado em Administração
UNIFOR - Fortaleza - Ceará – Brasil
Diretor da Industria Gigaplast
GIGAPLAST - Morungaba - São Paulo – Brasil
alipio.veiga@uol.com.br

MULTIPLAS INTELIGÊNCIAS
(Howard Gardner)
Howard Gardner iniciou seus estudos a respeito das Inteligências Múltiplas como integrante de um grupo de pesquisas sobre "A Natureza e Realização do Potencial Humano". Pesquisador formado em psicologia do desenvolvimento e em inteligência e desenvolvimento infantil e adultos com danos cerebrais tinha como tarefa falar sobre a cognição humana nesta proposta de pesquisa.
Gardner optou por chamar de Inteligências Múltiplas sua concepção e estudos sobre a inteligência. Afirma que se tivesse dito simplesmente que os homens tem diferentes talentos seu livro teria passado desapercebido. No entanto, ao falar de "inteligências múltiplas", no sentido de que existe um número desconhecido de capacidades humanas diferenciadas, vairando desde inteligência musical até a inteligência envolvida no entendimento de si mesmo.
Gardner acreditava que sua obra seria de interesse para a área da psicologia do desenvolvimento, para aqueles que estudavam a inteligência numa perspectiva piagetiana, ou na perspectiva da construção e medição dos testes. No entanto, a obra não despertou muito interesse nessa disciplina, mas logo foi muito estudada (ou apareceram muitos interessados ) na área da educação.
Após 1983, a primeira publicação de "Estruturas da Mente", Gardner dedicou boa parte de seu tempo ao estudo e exploração das implicações educacionais da teoria das IM.
Teoria das Inteligências Múltiplas
A teoria das inteligências múltiplas é uma abordagem teórica que baseia seus estudos na ciência cognitiva ( estudo da mente) e na neurociência ( o estudo do cérebro).
Os sete tipos de inteligências mais aceitos até o momento são:
- inteligência lingüística
- inteligência lógico-matemática
- inteligência corporal-cinestésica
- inteligência musical
- inteligência visual-espacial
- inteligência interpessoal
- inteligência intrapessoal
Howard atualmente estuda outras inteligências, uma chamada NATURALISTA, que está associada à capacidade humana de reconhecer objetos na natureza e a sua relação com a vida humana, e, outra considerada a TRANSCENDENTAL, que está ligada ao entendimento além do corpóreo, o transcendente, é a inteligência dos místicos, religiosos, etc. A partir da teoria de Howard Gardner, o professor Nílson José Machado, da USP, propõe a inteligência PICTÓRICA que está associada à capacidade de desenhar. O desenho é uma forma importante de se expressar e é a primeira utilizada pela criança.
Esta é uma lista preliminiar, cada forma de inteligência pode ser subdividida. Considera-se importante a pluraidade do intelecto. Os sujeitos podem diferir quanto aos perfis particulares de inteligência com os quais nascem e que desenvolvem ao longo da vida. Na verdade o fundamental não é quantas inteligências temos, mas o desenvolvimento de todas elas segundo nossas aptidões.
Sua proposta passa pelos seguintes pressupostos.
- nem todas as pessoas têm os mesmos interesses e habilidades;
- nem todos aprendem da mesma maneira;
- ninguém pode aprender tudo o que há para ser aprendido.
Nessa sua abordagem faz uma crítica ao conceito que considera a inteligência como a capacidade ou faculdade singular, utilizada em qualquer situação de resolução de problemas.
Inteligência, o que a constitui?
Abordagem tradicional > Capacidade de responder a ítens em testes de inteligência.
Inteligências Múltiplas > Capacidade de resolver problemas ou elaborar produtos que são importantes num determinado ambiente ou comunidade cultural.
Os novos paradigmas para a educação determinam que os alunos são os construtores do seu conhecimento. Neste processo a intuição e a descoberta são elementos fundamentais para a construção do conhecimento. Neste novo modelo educacional o aluno deve ser considerado como um ser total que possui outras inteligências além da lingüística e da lógica-matemática, que devem ser desenvolvidas e o professor deve ser um facilitador do processo de aprendizagem, e não mero transmissor de informações prontas.
Centro de Inteligência Capacidade(s) Usuário(s)
Lingüístico Ler, Escrever, Comunicação Autores, Poetas e Oradores
Lógico Cálculo e Raciocínio Cientistas, Matemáticos, Advogados e Juizes
Musical Melodiosa e Rítmica Compositores e Músicos
Cinestésico Física e Movimento Atletas, Bailarinos, Ginastas e talvez Cirurgiões
Espacial Orientação e Direção Arquitetos, Escultores, Pintores, Navegadores e Pilotos
Visual
Interpessoal Relacionamento entre várias pessoas Vendedores, Promotores de Vendas e Negociadores
Intrapessoal Introspecção (volta ao "Eu") Fornece grande intuição para algumas pessoas, permitindo-lhes o acesso ao extraordinário banco de informações armazenado em sua mente subconsciente."
INTELIGÊNCIA LINGUISTICA:
Escritores, poetas, redatores, roteiristas, oradores, líderes políticos e jornalistas.
• Sensível a regras
• Organizado
• Sistemático
• Habilidade para raciocinar
• Gosta de ouvir
• Gosta de ler e de escrever
• Soletra com facilidade
• Gosta de jogos de palavras

INTELIGÊNCIA LÓGICO OU MATEMÁTICA
Matemáticos, cientistas, engenheiros, investigadores, advogados e contadores.

• Gosta de raciocínio abstrato
• Gosta de ser preciso
• Aprecia cálculos
• Organizado
• Utiliza estruturas lógicas
• Aprecia computadores
• Aprecia resolução de problemas
• Prefere anotações de forma ordenada

INTELIGÊNCIA VISUAL E ESPACIAL
Arquitetos, pintores, escultores, navegadores, naturalistas, jogadores de xadrez e estrategistas militares.

• Pensa em figuras
• Cria imagens mentais
• Utiliza metáforas
• Gosta de arte: desenho, pintura e escultura
• Lê com facilidade mapas e gráficos
• Lembra-se com figuras
• Utiliza todos os sentidos para formar imagens
• Tem bom senso de direção

INTELIGÊNCIA MUSICAL
Músicos, compositores, concertistas, fabricantes de instrumentos musicais e afinadores de piano.

• Sensível à entonação
• Tem rítmo, marcação de tempo
• Sensível ao poder emocional da música
• Pode ser profundamente espiritual


INTELIGÊNCIA CORPÓREO - CINESTÉSICA
Bailarinos, atores, atletas, inventores, mímicos, cirurgiões, vendedores, pilotos de corrida, praticantes de artes marciais e trabalhadores com habilidades manuais.
• Controle excepcional do próprio corpo
• Controle de objetos
• Bons reflexos
• Aprende melhor se movimentando
• Gosta de se envolver em esportes físicos
• Habilidoso em artesanato
• Gosta de representar, contador de piadas
• Brinca com objetos enquanto escuta
• Irrequieto e aborrecido em palestras longas

INTELIGÊNCIA INTERPESSOAL OU SOCIAL
Políticos, professores, líderes religiosos, conselheiros, vendedores, gerentes, relações públicas e pessoas com facilidade de relacionamento.

• Relaciona-se e associa-se bem
• Consegue "ler" as intenções de terceiros
• Aprecia estar com pessoas
• Tem muitos amigos
• Comunica-se bem
• Às vezes manipula as pessoas
• Gosta de mediar disputas

INTELIGÊNCIA INTRAPESSOAL OU INTUITIVA
Romancistas, conselheiros, sábios, filósofos, místicos e pessoas com um profundo senso do "eu"

Autoconhecimento
Sensibilidade aos valores próprios de cada um
Tem um senso bastante desenvolvido do "eu"
Habilidade intuitiva
Automotivado
Consciente das próprias potencialidades e fraquezas
Muito reservado
Deseja ser diferente da tendência geral

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O Prof. Dr. Alípio Ramos Veiga Neto é professor universitário de marketing e psicologia do consumidor. É professor de mestrado e pesquisador em Segmentação Psicográfica, Comportamento de Consumidores e Negociação. Doutor em Psicologia do Consumidor e Mestre em Psicologia Educacional pela PUC-Campinas tem pós-graduação em Marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing - ESPM. É consultor de marketing educacional e desenvolvimento da pesquisa científica em universidades de vários Estados do Brasil. Conta com inúmeros artigos e publicações em periódicos científicos. Desenvolve pesquisas, realiza palestras e treinamentos em aplicação de estratégias de marketing com orientação societal.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Inteligência Emocional Interpessoal


Inteligência Emocional Interpessoal

Hoje li um pouco a respeito dos diferentes tipos de Inteligência baseado na Teoria das múltiplas Inteligências. E passei a refletir um pouco mais sobre aquilo que já temos desde que nascemos e aquilo que adquirimos no nosso processo contínuo de aprendizado.

Concluí que a Inteligência gera mais inteligência, e que esta acompanhada do bom senso gera oportunidades. Mais o mais inteligente de tudo é que se temos o máximo da Inteligência Intrapessoal agrupado ao máximo da Inteligência Interpessoal, seremos menos impessoais e valorizaremos mais o pessoal de cada um.

Parece um jogo de palavras sem sentidos, mas não é, tentarei então esclarecer para aqueles que nunca ouviram falar de múltiplas Inteligências, Inteligência IntraPessoal, Interpessoal ou mesmo Inteligência emocional.

A pessoa que realmente se considera inteligente não visa apenas o seu bem estar, mas sim o seu bem estar ligado ao bem estar do seu próximo. Sermos mesquinhos e pensarmos apenas em nós mesmos não é inteligente é burrice. Quando vemos o próximo da mesma forma que nos vemos usamos a empatia e colhemos a simpatia de uma Sociedade melhor.

Se todas passarem a seguir aquilo que está escrito em I Coríntios 13, concernente ao Amor (caridade) verá que realmente pode existir um mundo melhor em que a Inteligência é colocada em um segundo plano, dando-se lugar ao Amor, e realmente não há nada mais inteligente do que Isso.

Airton Mendes da Hora
Comunidade ORKUT PARA CRISTO

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Carta de Setembro - Daniel e Isabela Mastral

Daniel Mastral e Isabela Mastral

CARTA DE SETEMBRO



Shalom irmãos e amigos.

Finalmente terminamos a trilogia. Não foi fácil escrever. Literatura autobiográfica implica em mexer em sentimentos, e isso dificulta bastante a tarefa, sem contar com a carga espiritual que não há como mensurar em palavras. Anelamos oferecer a Deus o melhor, e para isso, nos estribamos em Sua Palavra, buscando sempre a capacitação do Espírito Santo em cada capítulo. Muitas vezes paramos a escrita para jejuar, orar, acalantar a carne para extrair a verdade em cada linha. Sinalizamos nossas falhas, nossos erros, pois seria pífio demais publicar apenas nossos acertos, pois todos nós erramos. Todos dependemos da graça e da misericórdia de Deus a cada dia.

Compactamos os fatos, mantendo os mais relevantes e que julgamos trarão edificação a nossos irmãos. Conto com as observações de vocês a fim de nos sinalizar se acertamos o alvo que o Espírito Santo nos dirigiu. Colaborem postando suas opiniões na Comunidade de Orkut “Ministérios Guerreiros da Luz” (a verdadeira). Lá existe um tópico aberto com o titulo: “Quem já leu o segundo volume de Voz”. Sua opinião é muito importante para nós.

Quando enfim terminamos a escrita, as lutas reiniciaram na diagramação. O texto apresentou problemas diversas vezes, misturando até mesmo arquivos de outro livro nosso; Alerta Geral. Mas, no fim, evidentemente, Deus prevaleceu. Esperamos que nossos irmãos gostem da escrita e que esta venha a trazer a cada um de vocês um novo despertar, um renovo de forças. Que seja mais um incentivo a buscarem mais a Deus a cada dia, pois esta é a maior das Conquistas. Conquistar o coração do Pai! Nossas orações são para que mais e mais vozes se unam em um único som, pregando uma única mensagem de amor e unidade, preparando a Igreja para a volta gloriosa de Jesus Cristo.

Ao concluir mais esta etapa vemos com alegria tudo que o Pai fez, é um grande privilégio ser filho de Deus.

O Pai nos deu mais esta láurea, e mais uma vez dividimos esta vitória em Cristo com cada um de vocês que levantaram suas preces, suas orações em nosso favor. As intercessões renovaram nossas forças, nos fortaleceram em momentos de abatimento. A todos vocês que de forma direta ou indireta colaboraram para o Reino de Deus e com nossas vidas, recebam nossa gratidão e amor. Que o Pai os recompense segundo Suas promessas.

Também aproveito o ensejo para agradecer os que oraram pela provisão do Pai em nossas vidas, e aos que semearam. Nada de importante nos faltou. Deus nos deu através de um casal de Campinas um lap-top que já está em uso para o Ministério. Cremos que em breve Deus nos dará também o Data-show. Assim poderemos oferecer maior excelência ao Pai e a nossos irmãos.

Mais uma vez quero ressaltar que somente as informações contidas em nosso site oficial são dignas de crédito bem como somente as informações vindas das Comunidades de Orkut oficiais espelham o pensamento deste Ministério. Enfatizo isso novamente, pois infelizmente muitos boatos têm propagado. E como todos os boatos, sempre há o ingrediente principal faltando: a verdade.

A única forma de combater a mentira é com a verdade, pois esta nos liberta e a mentira aprisiona. Já marcaram Seminários em nosso nome sem nosso conhecimento. Palavras em igrejas que nunca fomos convidados, ofertas recolhidas em nosso nome que jamais chegaram em nossas mãos, etc. A agenda verdadeira é representada exclusivamente por nosso site e as comunidades oficiais com nossa benção. O que sair disso pode conter falhas; intencionais ou não. Portanto qualquer informação que não venha de fontes oficiais pode conter “vírus”, boatos, fofocas, engano. E como todo “vírus” inoculado no Corpo de Cristo objetiva destruir a Obra de Deus, subtraindo o elemento principal: a verdade.

Muitos dos boatos são tolos, desprovidos de material elaborado, mas mesmo estes podem ser absorvidos por vidas sem conhecimento da verdade. Portanto fica aqui o alerta: busque a Deus, sempre. A melhor literatura será sempre a Bíblia. O livro mais vendido no mundo, mas talvez não o mais lido. Ter vida com Deus, dia a dia, molda nosso caráter, nos alinha com os preceitos de Deus, e agindo assim nenhum mal te tocará. Todas as demais literaturas, incluindo nossos livros, devem ser analisados pelo Espírito Santo. Retenha o que for bom para sua vida, o que não for para você, ou não entender, ou não concordar, exclua. Só a Bíblia tem 100% da Palavra de Deus. De resto, sabemos em parte, e em parte profetizamos. A unção e revelação que o Pai nos dá é complementar. Visam nos ensinar, uns aos outros, fortalecer uns aos outros. Assim seremos verdadeiramente mais do que vencedores! Os verdadeiros filhos de Deus ajuntam o rebanho, os falsos profetas espalham. Os verdadeiros filhos de Deus são humildes de coração, os falsos serão sempre soberbos e altivos. Contamos com suas orações para que Deus continue encontrando em nossos corações estes valores, e que nada venha nos corromper. Pois o que está em pé que olhe para que não caia.

O Seminário Nível três tem muito nos surpreendido. Temos visto um mover especial de Deus. Este Seminário será gravado em DVD no dia 27 de outubro deste ano no Ministério Bola de Neve, presidido pelo Ap. Rina. A gravação será realizada das 9:00hs as 13:00hs na Rua Turiassú, 734. Lembrando que não será um Seminário completo e, portanto também não haverá entrega de material como costumamos fazer. Será cobrada uma inscrição de R$ 10,00 por participante a fim de cobrir os custos de gravação e de abençoar o Ministério Bola de Neve. Contamos com suas orações e participação em mais esta vitória que Jesus tem nos dado. Esta semente certamente alcançará muitas vidas e será ferramenta nas Mãos do Pai pala libertar os cativos e curar os feridos na batalha.

Um último apelo: temos observado um paradoxo. Por um lado vemos com entusiasmo o mover de Deus em muitas Ministrações. Algumas delas pontuadas pelo sobrenatural de Deus. Por outro lado vemos com tristeza, que muitos tem permitido que as lutas do dia a dia venham a minar a fé. Temos visto igrejas mais vazias...reuniões de oração com poucas vidas...poucos fazendo parte de vigílias. É tempo de despertar. De participar mais, pois brasa fora do braseiro volta para as trevas. Torna-se logo escura de novo, perdendo seu brilho e calor. Participe mais, ore mais, comprometa-se com Deus a ler mais Sua Palavra, busque mais conhecimento. Pois sem este perecemos e caímos nas astutas ciladas do adversário.

Esperamos que o trabalho deste ministério e tantos outros espalhados pela Terra estejam te ajudando a manter a chama da fé acesa em seu coração, esteja te auxiliando a renovar suas forças, a restaurar suas feridas, a libertar cativos. Só há um caminho para a vitória, uma verdade que leva a vida plena, a vida em abundância: Jesus Cristo. É tempo de busca-lo enquanto se pode acha-lo.

Um forte abraço a todos

Em Cristo

Daniel Mastral, família e equipe

Ministério Guerreiros da Luz

Obs: Deus já nos deu o lap top através de um casal em Campinas. Esperamos em breve poder adquirir os softwares oficiais para dar inicio a utilização do novo equipamento. Continuamos orando pela aquisição do Data Show! Contamos também com suas intercessões.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

ESTER



ESTER

A rainha de Assuero e heroína do livro com o mesmo nome. Era judia e o seu nome era Hadassa (murta), mas quando entrou para o harém do rei, recebeu o nome pelo qual ficou a ser conhecida (Et 2:7). Este nome não é mais do que uma modificação Siro-árabe da palavra persa satarah, que estrela. Era filha de Abiail, um benjamita. A sua família não tirou partido da permissão dada por Ciro, para que os exilados voltassem para Jerusalém; e ela passou a viver com o seu primo Mardoqueu, que tinha um cargo entre os servos do rei Persa em "Susã, no palácio". Assuero, tendo-se divorciado de Vasti, escolheu Ester para sua mulher. Pouco depois disto, ele deu a Hamã, o agagita e seu primeiro ministro, poder e autoridade para matar e extirpar todos os Judeus do império Persa. Pela interposição de Ester, foi evitada tamanha catástrofe. Hamã foi morto na forca que fora preparada para Mardoqueu; e os judeus estabeleceram uma festa anual, a festa do Purim, em memória da sua maravilhosa libertação. Este acontecimento deu-se cerca de 52 anos após o regresso do povo a Jerusalém (479 a.C.).
Ester é-nos mostrada como sendo uma mulher de profunda piedade, fé, coragem, patriotismo e cautela, que se combinavam com a sua determinação; uma filha cumpridora para com o seu pai adoptivo, dócil e obediente aos seus conselhos e ansiosa por partilhar o favor do rei com ele, pelo bem do povo Judeu. Ela deve ter possuído um graça, umas maneiras e um charme singulares, uma vez que 'alcançava graça aos olhos de todos quantos a viam' (Et 2:15). Ela foi colocada por Deus naquela posição, a fim de evitar a destruição do povo judeu e lhes proporcionar protecção, paz e riquezas no seu cativeiro.

Fonte Enciclopédia Mundo Bíblico

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Sonho X Realidade


Sonho X Realidade

Quando estamos sonhando, nem sempre achamos que aquilo é um sonho. Mas o mais interessante é que nos sonhos, não há limites, nos sonhos conseguimos tudo, nos sonhos podemos tudo, nos sonhos nada é proibido.
Qual a barreira que separa o sonho da realidade ???
Será que quando sonhamos, estamos vivendo as frustrações não realizadas, ou será que estamos vivendo, aquilo que gostaríamos de realizar ???
O sonho deve ser comandado pelo subconsciente, no entanto nada impede que o consciente não de uma ajudazinha.
Ora se no sonho, podemos tudo, porque não na realidade ???
Aí vai uma reflexão, quantas vezes, quando acordamos não dizemos para nós mesmos, Ahhh!!! Ainda bem que era sonho.
Com base nisso, e apenas como palpite, imagino que o sonho nos permite viver aquilo que na realidade concluímos ser não sensato. Ou seja através do sonho podemos concluir que grande besteira seria aquela nossa atitude tresloucada de Enfiar a mão na cara da outra pessoa e receber como recompensa um tiro.
Sendo assim concluo que o sonho pode ser nosso amigo para decidirmos de forma sensata o que fazer no momento em que temos que decidir entre a emoção e razão.
Sendo assim os nossos sonhos tão almejados poderão se tornar um dia realidade, ao invés de cortá-los tão rapidamente de nossas vidas, por atitudes impensadas.

Pare um pouco e pense não perca a oportunidade do amanhã, viva a realidade aprendendo com os sonhos. Talvez assim os bons sonhos se tornem realidade.

Abraços

Airton Mendes da Hora
Comunidade ORKUT PARA CRISTO

terça-feira, 11 de setembro de 2007

MOISÉS

MOISÉS
Arrastado (ou, em egípcio, mesu, “filho”, por isso, Ramsés, filho real).

A convite de Faraó (Gn 45:17-25), Jacó e os seus filhos mudaram-se para o Egipto. Esta mudança teve lugar cerda de 350 anos antes do nascimento de Moisés. Alguns séculos antes de José, o Egipto fora conquistado por uma raça semítica pastoril vinda da Ásia, os Hiksos, que submeteram cruelmente os nativos daquele país. Estes pertenciam a uma raça africana. Jacó e o seu séquito estavam acostumados à vida pastoril e ao chegarem ao Egipto, foram recebidos com boa vontade pelo rei, que lhes deu “o melhor da terra”, a terra de Gosen, onde eles passaram a morar. O rei hiksos ou “pastor” que, assim, mostrou boa vontade para com José e a sua família foi, mais provavelmente, o Faraó Apopi (ou Apopis).
Assim favorecidos, os israelitas “multiplicaram-se muito” (Gn 47:27) e estenderam-se para oeste e para sul. Com o tempo, a supremacia dos Hiksos terminou. Foi permitido aos israelitas manterem a terra de Gosen na sua possessão sem serem perturbados mas após a morte de José, a posição deles deixou de ser tão favorável. Os egípcios começaram a desprezá-los e o período da sua “aflição” (Gn 15:13) começou. Foram severamente oprimidos. Continuaram, contudo, a multiplicar-se e “a terra estava cheia deles” (Ex 1:7). Os egípcios olhavam para eles de um modo suspeito e o povo passou a sentir a dureza da luta pela sobrevivência.
Com o tempo, “levantou-se um rei que não conhecia José” (Ex 1:8). As circunstâncias eram tais, que o rei julgou necessário tornar mais fracos os seus súbditos israelitas através da opressão e, assim, gradualmente, reduzir o seu número. Foram feitos escravos e utilizados na construção de edifícios, em especial de templos e palácios. Os filhos de Israel serviam em condições rigorosas. As suas vidas tornaram-se amargas por causa daquela dura escravidão e “os egípcios faziam servir os filhos de Israel com dureza” (Ex 1:13, 14). Mas esta cruel opressão não teve o resultado esperado: reduzir o seu número. Antes pelo contrário, “quanto mais os egípcios os afligiam, mais eles se multiplicavam e cresciam” (Ex 1:12).
O rei tentou depois, através de um acordo feito com as parteiras, destruir todos os bébés hebreus do sexo masculino que nascessem a partir daquele momento. Mas o desejo do rei não foi rigorosamente cumprido; os bébés foram poupados pelas parteiras e “o povo se multiplicou” mais do que nunca. Desta forma iludido, o rei fez sair um proclamação pública, apelando para que todo o povo egípcio matasse os bébés judeus do sexo masculino, deitando-os ao rio (Ex 1:22). Mas nem mesmo assim conseguiu o rei ver os seus intentos realizados.
Um dos lares ao qual este édito trouxe grande alarme foi o de Anrão, da família dos coatitas (Ex 6:16-20) que, com a sua mulher Joquebede, Míriam, uma rapariga com cerca de quinze anos e Aarão, um rapaz de três anos, morava em ou perto de Menfis, a capital nesse tempo. Neste calmo lar, nasceu um rapazinho (1571 AC). A sua mãe escondeu-o dentro de casa durante três meses, longe do conhecimento das autoridades cívicas. Mas quando esta tarefa se tornou mais difícil de realizar, Joquebede imaginou uma maneira de fazer com que a filha do rei prestasse atenção à criança. Construiu uma arca de juncos e colocou-a nos juncos à borda do rio, no local onde a princesa ia sempre tomar banho. O seu plano foi bem sucedido. A filha do rei “viu o menino e ouviu-o chorar”. A princesa enviou Míriam, que estava ali por perto, a buscar uma ama. Ela foi e trouxe a mãe da criança, a quem a princesa disse: “Leva este menino e cria-mo; eu te darei o teu salário.” Assim, o filho de Joquebede, a quem a princesa chamou “Moisés”, i.e., “salvo das águas” (Ex 2:10), foi-lhe restituído.
Mal o tempo para desmamar a criança terminou, Moisés foi transferido da humilde casa de seu pai para o palácio real, onde foi educado como filho adoptivo da princesa. Talvez a sua mãe ainda o acompanhasse e cuidasse dele. Ele cresceu por entre todo o esplendor, grandeza e excitação da corte egípcia, mantendo talvez uma constante amizade com a sua mãe, o que era da maior importância tanto para as suas crenças religiosas como para o interesse que ele deveria demonstrar pelos seus “irmãos”. Era, sem dúvida, dada muita atenção à sua educação e ele gozaria de todas as vantagens tanto da educação espiritual como física. Com o tempo, tornou-se “instruído em toda a ciência dos egípcios” (At 7:22). O Egipto possuía dois locais importantes de aprendizagem, ou universidades, numa das quais, provavelmente a de Heliópolis, ele terminou a sua educação. Moisés, agora provavelmente com vinte anos, passou ainda mais vinte antes de se tornar numa figura importante na história bíblica. Estes vinte anos foram possivelmente passados no serviço militar. Diz a tradição, registada por Josefo, que ele comandou a guerra entre os egípcios e a Etiópia, onde ficou conhecido como um general habilidoso e se tornou “poderoso em obras” (At 7:22).
Quando terminou a guerra com a Etiópia, Moisés voltou para a corte egípcia, onde esperava ser carregado de honras e riquezas. Mas “sob a calma corrente da sua vida até ali, uma vida alternada entre a luxuria na corte e a dureza no campo de batalha e no cumprimento dos seus deveres militares ocultava, desde a meninice até à juventude e da juventude até à idade adulta, um descontentamento secreto, talvez uma ambição. Moisés, naquele ambiente egípcio, nunca esquecera, nunca desejaria esquecer que ele era hebreu.” Ele, então, resolve familiarizar-se com os seus compatriotas e “saiu a seus irmãos e atentou nas suas cargas” (Ex 2:11). Esta inspecção revelou-lhe a cruel opressão e escravidão sob a qual todos eles gemiam e não podiam deixar de o pressionar para que tomasse em consideração os seus deveres para com eles. Chegara o tempo em que ele deveria fazer sua a causa deles, devendo, por isso, ajudá-los a quebrar o jugo da sua escravidão. Ele fez a sua escolha de acordo com as circunstâncias (Hb 11:25-27), seguro de que Deus abençoaria a sua resolução para o bem estar do seu povo. Ele deixou o palácio do rei e passou a viver provavelmente na casa de seu pai, como se fosse um dos hebreus que, há quarenta anos sofria cruelmente às mãos dos egípcios.
Ele não podia permanecer indiferente ao estado das coisas à sua volta e, um dia, ao sair por entre o povo, a sua indignação eriçou-se contra um egípcio que estava a maltratar um hebreu. Ele levantou irreflectidamente a sua mão e matou o egípcio, escondendo o corpo na areia. No dia seguinte saiu novamente e viu dois hebreus lutando. Logo descobriu que, o que ele fizera no dia anterior, já era conhecido. Este facto chegou aos ouvidos de Faraó (o “grande Ramsés”, Ramsés II), que “procurou matar Moisés” (Ex 2:15). Movido pelo medo, Moisés fugiu do Egipto e dirigiu-se à terra de Midiã, a parte sul da península do Sinai, talvez pelo mesmo caminho que, quarenta anos depois, ele conduziu os israelitas para o Sinai. Moisés foi providencialmente conduzido até à casa de Reuel, onde permaneceu durante quarenta anos (At 7:30), sendo inconscientemente educado para a grande obra da sua vida.
Então, o anjo do Senhor lhe apareceu na sarça ardente (Ex 3) e comissionou-o a ir ao Egipto e “a trazer os filhos de Israel” do cativeiro. Primeiro, ele não se mostrou muito disposto a ir mas depois obedeceu à visão celeste e partiu da terra de Midiã (Ex 4:18-26). No caminho encontrou-se com Aarão e com os anciãos de Israel (Ex 4:27-31). Ele e Aarão tinham uma dura tarefa perante eles; mas o Senhor estava com eles (Ex 4:7-12) e o exército resgatado avançou triunfalmente. Após uma viagem fértil em acontecimentos pelo deserto, vêmo-los acampados nas planícies de Moabe, prontos a atravessar o Jordão e a entrar na terra prometida. Aí chegados, Moisés falou com os anciãos (Dt 1:1-4; Dt 5:1-26:19; Dt 27:11-30:20) e deu ao povo os seus últimos conselhos e, então, entoou o seu último cântico (Dt 32), vestindo com palavras apropriadas as profundas emoções do seu coração e revendo aquela maravilhosa história em que ele representara um papel tão notável. Depois de abençoar as tribos, ele sobe “ao Monte Nebo, ao cume do Pisga, que está defronte de Jericó” (Dt 34:1) e daí observa a terra. “Jeová mostrou-lhe toda a terra desde Gileade até Dã e todo o Naftali e a terra de Efraim e Manassés e toda a terra de Judá, até ao mar último e o sul e a campina do vale de Jericó, a cidade das palmeiras, até Zoar” (Dt 34:2, 3), a magnífica herança das tribos de quem ele fora, por tanto tempo, o líder; e aí Moisés morreu com 120 anos, de acordo com o que Deus dissera, tendo sido sepultado pelo Senhor “num vale na terra de Moabe, defronte de Bete-Peor” (Dt 34:6). O povo o pranteou durante trinta dias.
Assim morreu “Moisés, servo de Deus” (Dt 33:1; Js 14:6). Notabilizou-se pela sua mansidão, paciência e firmeza e “prosseguiu como que vendo o invisível”. “E nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, a quem o Senhor conhecera cara a cara; nem semelhante em todos os sinais e maravilhas, que o Senhor o enviou para fazer na terra do Egipto, a Faraó e a todos os seus servos e a toda a sua terra; e em toda a mão forte e em todo o espanto grande, que obrou Moisés aos olhos de todo o Israel” (Dt 34:10-12).
O nome de Moisés aparece frequentemente nos Salmos e nos Profetas como o maior dos profetas.
No Novo Testamento ele é mencionado como o representante da lei e como um tipo de Cristo (Jo 1:17; 2Co 3:13-18; Hb 3:5, 6). Moisés é a única pessoa do Velho Testamento a quem Jesus se compara (Jo 5:46; comparar com Dt 18:15, 18, 19; At 7:37). Em Hebreus At 3:1-19, esta comparação é estabelecida em vários campos.
Em Jd 1:9 faz-se menção à contenda entre Miguel e o Diabo relativamente à posse do corpo de Moisés. Esta disputa está supostamente relacionada com a ocultação do corpo de Moisés, para evitar a idolatria.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

ISRAEL

ISRAEL
Heb. e Aramaico Yisra’el, “Deus contende”.

O nome aparece pela primeira vez em textos cuneiformes de Ebla no período pré-patriarcal. Mais tarde, aparece como Ysr’l na Pedra Moabita e em ugarítico como Ysr’il. Pode-se encontrar o nome de Israel (Isr’r) na coluna israelita de Merneptah, sendo que o segundo r representa o l hebraico, para o qual a ortografia egípcia não tem qualquer caracter; Gr. Israel.
As dez tribos do norte que se separaram, numa altura em que a monarquia ainda unia todo o país em 931 AC e opondo-se ao reino do sul - Judá (1Rs 12:1,16,19>>). A posição dominante de Judá entre as doze tribos predispôs as outras contra a casa reinante de David e Salomão. Os impostos opressivos cobrados por Salomão com o fim de manter a sua luxuriosa corte e destinados à construção de edifícios magníficos e outras obras públicas, assim como a influência mundial do seu exemplo pessoal contribuíram para fazer diminuir ainda mais os laços ténues que uniam todo o reino. A política austera de Roboão, filho e sucessor de Salomão, levou as dez tribos à separação em 931 a.C, fazendo de Jeroboão rei (1Rs 12:1-24). A fim de consolidar o seu domínio, Jeroboão estabeleceu uma nova religião na qual ele misturou a adoração a Jeová e a adoração ao bezerro do Egipto, para fazer com que as pessoas se esquecessem de Jerusalém, do templo e da casa de David (1Rs 25 a 33). Tal como um vírus, a influência desta religião infectou o novo reino e fez com que o povo virasse costas ao verdadeiro Deus. Mais tarde, sob o domínio de Acabe, o culto a Baal passou a ser promovido (1Rs 16:30-32>>). Apesar dos esforços zelosos dos profetas, tais como Elias, Eliseu, Jonas, Amós e Oséias, o reino do norte nunca passou por uma experiência de reforma genuína, como aconteceu com Judá durante o reinado de Josafat no século IX a.C., de Ezequias no século VIII AC e de Josias no século VII AC. Toda a história israelita até à sua ruptura em 723/22 a.C. foi uma constante apostasia e corrupção. Em contraste com a única dinastia de Judá, com os seus vinte reis - reflectindo a estabilidade que sempre caracterizou o reino do sul - as condições religiosas, políticas e sociais deteriorantes que prevaleceram em Israel fizeram surgir várias dinastias e vinte reis subiram ao trono num período de tempo com uma duração menor em cerca de 2/3 (as datas aqui fornecidas são aproximadas).
Durante o seu reinado de 22 anos, Jeroboão I (931-910 a.C.) viu-se envolvido em várias guerras com Roboão de Judá e sofreu uma invasão egípcia que o prejudicou bastante. A sua dinastia terminou com a morte do seu filho Nadabe (910-909 a.C.), perpetrada por Baasa (909-886 a.C.), cujo reino foi marcado pelas guerras contra Judá e a Síria. Com a morte do filho de Baasa - Elá (886-885 AC) - levada a cabo por um dos seus capitães, Zinri (que reinou durante sete dias em 885 a.C.), terminou a segunda dinastia de Israel. Um golpe militar levado a cabo por Onri (885-874 a.C.), que se encontrava em campanha na terra dos filisteus, pôs fim ao breve reinado de Zinri. Tibni, um rival de Onri na subida ao trono, não demorou a ser eliminado e Onri fundou uma dinastia que sobreviveu durante 44 anos. Ao escolher o facilmente fortificável monte de Samaria, Onri deu a Israel uma capital impugnável. Por isso, quando foi cercada anos mais tarde, só capitulou quando a água e a comida acabaram. Onri estabeleceu cordiais relações comerciais e políticas com a Fenícia e combinou casar o seu filho Acabe com Jezabel, filha do rei de Tiro. De acordo com a Pedra Moabita, erigida pelo rei Messa, dos Estados Moabitas, Onri subjugou Moabe e transformou este país num tributário seu.
Com a ascensão de Acabe (874-853 a.C.) ao trono, Israel deu um passo importante em direcção à apostasia ainda mais profunda, em grande parte por causa da sua fraqueza de carácter e da política agressiva da sua esposa fenícia - Jezabel. Ela mostrou-se determinada em erradicar do país a adoração a Deus e em fazer da adoração a Baal a religião nacional de Israel. Neste momento de crise espiritual, os profetas Elias e Eliseu defenderam ousadamente a fé dos seus pais. O reinado de Acabe experimentou um certo grau de prosperidade material e sucessos militares. Coligado com Benadade, de Damasco e também com outros reis, ele refreou temporariamente o avanço ocidental dos assírios na famosa batalha de Qarqar em 853, mas perdeu a sua vida pouco depois, numa tentativa fútil de tomar Ramote-Gileade (1Rs 22). Acazias, o filho de Acabe (853-852 a.C.), sucedeu-lhe no trono, tendo depois o seu irmão Jorão ocupado o lugar vago (852-841 a.C.). Este último tentou perpetuar a hegemonia israelita sobre Moabe (2Rs 3:4-27) e envolveu-se, ele próprio, numa série de batalhas não muito bem sucedidas contra os sírios (2Rs 6 e 7). Enquanto recuperava, em Jezreel, das feridas que lhe tinham sido infligidas nestas batalhas, foi assassinado pelo capitão do seu exército - Jeú -, que arrasou completamente a casa de Onri, incluindo Jezabel, nomeando-se rei (2Rs 8:28, 29; 2Rs 9:24 a 10:17).
A dinastia fundada por Jeú (841 - 814 AC) durou noventa anos, ou quase metade de todo o período da história de Israel enquanto reino separado. Jeú erradicou do país a adoração a Baal mas as suas reformas não tocaram na adoração do bezerro, estabelecido por Jeroboão. Jeú tornou-se voluntariamente num vassalo da Assíria, pagando tributo a Salmanezer III, provavelmente em troca de assistência contra Hazael, da Síria. Durante o reinado de Joacaz (814- 798 AC), filho e sucessor de Jeú, Israel esteve quase constantemente em guerra contra a Síria levando o reino a um estado de impotência. Ao suceder ao seu pai Joacaz, Joás (798-782 AC) recuperou toda a área que ele perdera para os sírios. Joás viu-se também forçado a entrar em guerra contra Judá, tendo capturado o seu rei. Entrou em Jerusalém e levou consigo para Samaria uma grande quantidade de tesouros e exilados (2Rs 14:8-14). Aparentemente para promover a continuidade do seu reino, associou-se ao seu filho no trono durante doze anos (793-782 AC). Depois da morte de Joás, Jeroboão II gozou de um longo e próspero reinado de quase trinta anos (782-753 AC), durante o qual recuperou, com excepção do território de Judá, praticamente todo o território que Israel perdera desde a era dourada de David e Salomão (2Rs 14:23-27). Um período de fraqueza política por que passaram as nações vizinhas de Israel, nessa altura, não permitiu que elas tomassem qualquer tipo de medida de contra-ataque. Tal como o livro de Oséias mostra, a enganosa prosperidade material e política que marcou o reinado de Jeroboão II foi acompanhada por uma grande corrupção moral e social. O seu filho Zacarias reinou somente durante seis meses (753-752 AC), antes de ser assassinado por Salum (2Rs 15:8-12). Seguiu-se à morte de Zacarias um período de trinta anos de anarquia política e caos social. Após a queda da dinastia fundada por Jeú, surgiram cinco reis em rápida sucessão. Salum (752 AC), o assassino de Zacarias, foi, por seu turno, assassinado por Menaem após um breve reinado de apenas um mês. Menaem (752-742 AC) suprimiu cruelmente toda a oposição ao seu governo e aumentou excessivamente os impostos, a fim de poder livrar-se de Tiglath-Pileser III da Assíria, utilizando esse dinheiro (2Rs 15:19, 20). Quase no fim do reinado de Menaem, Israel perdeu mais uma vez o território recuperado por Jeroboão II. Pecaías, o filho de Menaem, ocupou o trono durante dois anos (742-740 AC), tendo sido assassinado por Peca (740-732 AC) que, ou reclamara já o trono durante os doze anos precedentes, ou fora um rei rival desde a morte de Zacarias ou de Salum em 752. Peca estabeleceu uma aliança com a Síria para uma campanha conjunta contra Jerusalém, que não foi bem sucedida. Esta campanha destinava-se provavelmente a fazer com que Acaz se juntasse a eles contra a Assíria (2Rs 15:37; 2Rs 16:5-9). Por sua vez, Acaz procurou e conseguiu ajuda de Tiglath-Pileser. Peca perdeu para a Assíria os seus territórios a norte e a este (2Rs 15:29). O seu reinado inglório terminou com o seu assassinato, perpetrado por Oséias (732-722 AC), que lhe sucedeu como vigésimo e último rei de Israel. Uma aliança desesperada com o rei egípcio de Sais não impediu a dissolução do seu reino e a captura da sua capital, Samaria, levada a cabo por Salmanezer V, ou Sargon II (723/22 AC). Assim, o reino de Israel teve um trágico fim, sendo testemunha do destino de uma nação que se recusou a andar nos caminhos de Deus.
( Seventh-Day Adventist Bible Dictionary )

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Jerusalém


JERUSALÉM
Heb. Yerûshalayim.

Uma vez que o nome é confirmado, de diferentes maneiras, pelo menos desde o século XIX AC, é uma cidade de origem cananita ou amorreia, significando provavelmente “a cidades do (deus) Shalim”, mas em hebreu provavelmente “a cidade da paz”. Em textos egípcios dos séculos XIX e XVIII AC, o nome pronunciar-se-á Urusalimum. Nas cartas de Amarna do século XIV AC aparece como Urusalim. Em aramaico chama-se Yerûshelem e em grego Ierosoluma e Ierousalem. Uma das mais importantes cidades do mundo, a Santa Cidade de três grandes fés: o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo. Para os judeus, era o local onde se situava o templo e também a capital da nação. Para os cristãos é o cenário do sofrimento, morte, ressurreição e ascensão de Cristo. Para os muçulmanos é o local tradicional da ascensão de Maomé ao céu. Localiza-se a cerca de um terço da distância que vai desde a extremidade norte do Mar Morto até ao Mar Mediterrâneo, nas montanhas da Judeia.
O nome Salém (Heb. Shalem), que surge duas vezes no VT (Gn 14:18; Sl 76:2), é provavelmente a forma abreviada do nome completo. É também por este nome que é mencionada nas tabuínhas cuneiformes de Tell Mardikh, a antiga Ebla (Síria) do final do 3º milénio AC. A cidade era conhecida pelo nome de Jebus no período dos juizes (Jz 19:10, 11) e na altura em que David a tomou (1Cr 11:4, 5). Isto aconteceu porque os seus habitantes eram chamados jebuseus. Este nome não está confirmado fora da Bíblia. O seu nome árabe actual é el-Quds, “aquela que é santa”, mas para todos aqueles que não são árabes - judeus, cristãos e outros - ainda é conhecida por Jerusalém.
I - A Localização - A cidade fortificada de Jerusalém situa-se entre dois vales principais: o Cedrom a este e o Hinom a oeste e a sul. O planalto entre os dois vales onde a cidade está construída, está ligado ao planalto da Judeia, a norte. Este planalto está rudemente dividido em duas cordilheiras por um vale central, cujo nome não se encontra na Bíblia, mas que é denominado por Josefo como Vale Tyropoeon, ou “vale dos queijeiros”. Este vale era estreito e profundo mas no tempo dos macabeus encontrava-se cheio com os despojos de Acra, a fortaleza dos sírios, que Simão Macabeu demoliu. Actualmente, inicia-se na Porta de Damasco e é visível apenas como uma depressão superficial. As escavações efectuadas mostram que os escombros atingem uma profundidade de 30 metros. A cordilheira a Este atinge uma altura de cerca de 744 metros acima do nível do mar, num local onde o “castelo" (segundo algumas versões), ou “tenda” (segundo outras versões) de Antónia se situava, a norte do tempo. Este monte a norte da cordilheira oriental é chamado “o monte do templo”, ou “monte norte-oriental”. No VT surge como “Moriá" (Gn 22:2; 2Cr 3:1). A cordilheira oriental encontra-se dividida em duas secções (norte e sul) através de uma depressão superficial, actualmente cheia de despojos. A secção sul, o pontão que desce na direcção da junção dos vales Cedrom e Hinom, era o local original da cidade de David, que era conhecida por Jebus, Salém e Sião. A parte mais alta eleva-se a cerca de 695 metros acima do nível do mar. Esta área - a Jerusalém original - fica completamente fora das muralhas da cidade actual, que se situam a sul da área do templo.
A cordilheira ocidental é mais alta do que a oriental, elevando-se a uma altitude de cerca de 777 metros acima do nível do mar, 30 metros mais alta do que o monte do templo. Não se conhecem os antigos nomes das diferentes elevações desta cordilheira ocidental mas o monte a sudoeste foi, por vários séculos, erradamente identificado com “Sião” e ainda tem este nome actualmente, embora a maior parte deste monte talvez nunca tenha sido incluído na antiga cidade até aos tempos helenísticos. Uma boa parte do monte a noroeste localiza-se agora na zona noroeste da actual Cidade Velha de Jerusalém e inclui, como sua mais famosa estrutura, a Igreja do Santo Sepulcro.
O Vale de Cedrom, algumas vezes mencionado na Bíblia (2Sm 15:23; Jo 18:1, etc.) e actualmente chamado Wâdi en-Nâr, separa a cidade do Monte das Oliveiras, cujo pico mais alto se eleva a 835 metros acima do nível do mar. O Cedrom é um desfiladeiro estreito e profundo que serviu de apoio às defesas orientais da cidade. Nele se encontram as únicas fontes de água de Jerusalém: a nascente de Giom, nas vertentes ocidentais do vale; e Enrogel, um poço que se situa perto da confluência dos Vales de Hinom e Cedrom. O Vale de Hinom, actualmente chamado Wâdi er-Rabâbeh, é frequentemente mencionado no VT (Js 15:8; Js 18:16; etc.). É muito mais vasto do que o Cedrom e o Tyropoeon e as suas encostas são mais suaves. Este vale separa os montes mais altos a oeste e a sul da cordilheira sudoeste no planalto de Jerusalém.
II - História - Não se sabe quando é que Jerusalém foi fundada mas algumas escavações puseram a descoberto evidências que provam que já existia durante a 12ª dinastia egípcia (século XIX e XVIII AC), altura em que alguns textos egípcios mencionam a cidade e os seus governantes amorreus, Yaqar-‘Ammu e Sasa‘-‘Anu, como sendo reais ou potenciais inimigos do Egipto. Durante este período, o VT menciona a cidade pela primeira vez sob o nome de Salém, cujo governante - Melquisedeque - era, na altura, um sacerdote do Deus Altíssimo e, portanto, com poder para abençoar Abraão e receber o dízimo do despojo que o patriarca tomara de Quedorlaomer e dos seus confederados (Gn 14:18-20).
Jerusalém é mencionada no livro de Josué como sendo a cidade principal de uma coligação de cidades-estado cananeias que lutaram contra os israelitas. O seu rei, nessa altura, era Adonizedeque que, juntamente com os seus aliados, foi derrotado na batalha de Azeca, tendo sido capturado e executado por Josué (Js 10:1-27). Pouco depois, no tempo do rei Ikhnatom do Egipto, um rei chamado ‘Abdu-Heba ascendeu ao trono de Jerusalém. O seu nome significa “servo (da deusa hitita) Heba” e é possível que fosse de ascendência hitita. Se assim for, ele e os dois reis amorreus já mencionados seriam a prova de que a população que inicialmente habitava em Jerusalém incluía hititas e amorreus. Isto é reflectido nas palavras de Ezequiel, que disse de Jerusalém: “o teu pai era amorreu e a tua mãe heteia” (Ez 16:3; cf. vers. Ez 16:45). Entre as Cartas de Amarna encontram-se algumas que ‘Abdu-Heba escreveu a Ikhnaton e nas quais ele se queixa amargamente da invasão dos ‘Apiru, ou Habiru (provavelmente os hebreus) e da inactividade do Egipto, tendo daí resultado a captura do país secção por secção. Em Jz 1:8 encontra-se registado o relato da captura e destruição de Jerusalém levada a cabo por Judá após a morte de Josué, mas a esta vitória não se seguiu a ocupação da cidade pelos israelitas; Jerusalém permaneceu nas mãos dos cananeus ou jebuseus até à altura em que David a conquistou (Js 15:63; cf. Jz 19:11, 12).
Depois que David foi coroado rei sobre todas as tribos de Israel, ele decidiu transferir a sua capital da importante cidade judaica de Hebrom para um local neutro. Escolheu, então, Jerusalém, que se situava na fronteira entre Judá e Benjamim mas que não pertencia a nenhuma destas tribos. Os jebuseus troçaram de David quando ele cercou a cidade, pois estavam convencidos de conseguirem manter nas suas mãos a bem fortificada cidade situada nas montanhas. Contudo, Joabe e os seus homens obtiveram acesso subindo pelo Sinnôr, que provavelmente se refere ao poço de água que ligava a nascente de Giom ao interior da cidade (2Sm 5:6-8). No tempo de David, ficou conhecida por “cidade de David” (1Cr 11:7; 2Sm 5:7). David construiu ali um palácio (2Sm 5:11) e também algumas fortificações (ver Ct 4:4), que menciona a torre de David; cf. 1Cr 11:8). Esta torre não é a mesma que se encontra na actual cidadela de Jerusalém, uma vez que esta última é uma das torres do palácio construído por Herodes, o Grande. David também construiu um local, ou estrutura, chamado “Milo” (2Sm 5:9; 1Cr 11:8). A partir de outros textos (1Rs 9:15, 24; 1Rs 11:27; 2Cr 32:5), é provável que Milo se situasse dentro da cidade e que fosse periodicamente alargado e fortificado. Aparentemente, fazia parte do sistema de fortificações da cidade no seu ponto mais fraco, que terá sido a extremidade norte do monte a sudeste. A LXX identifica-o com Acra, uma cidadela a sul do templo que ali permaneceu até aos dias de Judas Macabeu. O nome hebraico millô’, que significa “encher”, tem sido explicado de várias maneiras. Poderá ter sido uma muralha dupla cheia de terra, ou uma plataforma sobre a qual se construíram as fortificações.
Quando David transferiu a arca para Jerusalém, colocou-a temporariamente numa tenda. Deus não permitiu que ele construísse um templo. Contudo, David preparou tudo para a sua construção e a eira de Araúna, que ele comprara, foi utilizada para tal efeito, tendo o templo sido construído por Salomão (2Sm 6:17; 2Sm 24:24; 1Cr 28:2, 3, Js 19-21; 2Cr 3:1). Quando David morreu, foi sepultado na cidade de David (1Rs 2:10). Todos os reis de Judá até Acaz foram sepultados no sepulcro real. A localização deste sepulcro ainda é desconhecida, embora uma comparação entre Ne 3:16 e os vers. Ne 3:15 e 3:26 pareça mostrar que ele se situava entre o poço de Siloã e a porta das águas. Foi sugerido que o percurso sinuoso do túnel de Siloã fosse o resultado de se tentar evitar os túmulos reais.
Com Salomão, que era um grande construtor, despontou uma nova era para Jerusalém. A cidade foi alargada para norte e possivelmente para noroeste. O templo, que se encontrava rodeado por um pátio, foi erigido no monte a norte, a oeste da actual Catedral da Rocha que cobre a rocha onde se crê tenha estado o altar das ofertas queimadas (1Rs 6:1-38; 2Cr 3:1). Foi provavelmente entre o templo e a cidade de David que Salomão erigiu um palácio para si (1Rs 7:1), palácio esse, chamado “a casa do rei” (1Rs 9:1). Poderá ter-se tratado de um complexo de estruturas que incluía: ( uma “casa para a filha de Faraó”, que provavelmente fazia parte do harém (1Rs 7:8; 1Rs 9:24), podendo formar com o palácio uma única unidade. Este era provavelmente rodeado por um “outro pátio”, sendo talvez o mesmo local denominado por “meio do pátio” e “pátio da guarda” (1Rs 7:8; 2Rs 20:4; Jr 32:2; etc.); ( um pórtico ou ante-câmara (segundo algumas versões) do juízo (1Rs 7:7), onde se situava o trono; ( um pórtico de colunas, talvez a ante-câmara de audiências (vers. 1Rs 7:6), que era provavelmente uma entrada para a ante-câmara principal, se não se tratasse mesmo de um edifício separado; ( a “casa do bosque do Líbano”, possivelmente assim chamada porque os seus 45 pilares, compostos em três filas, foram construídos em madeira de cedro do Líbano. Salomão acrescentou, assim, toda uma nova zona à cidade e não haverá dúvidas de que a expansão da sua administração trouxe para Jerusalém muitas outras pessoas para quem era preciso providenciar residência. Esta nova zona foi, então, rodeada por uma muralha que circundou “Jerusalém em roda” (cap. 1Rs 3.1; cf. cap. 1Rs 9:1.
Quando o reino se separou depois da morte de Salomão, mais de ¾ do seu reino foram tomados por Judá e Jerusalém perdeu muito da sua importância. Consequentemente, a cidade não voltou a expandir-se durante vários séculos, embora se fizessem algumas reparações de vez em quando, especialmente após alguma batalha. No tempo de Roboão, o filho de Salomão, Sisaque do Egipto conquistou Jerusalém, levando consigo muitos despojos (1Rs 14:25-28; 2Cr 12:2-11). Não se sabe se, nessa altura, a cidade caiu após o cerco, ou se sofreu algum dano, ou ainda se Roboão se rendeu sem luta. Foi também tomada por Joás, de Israel, no tempo do rei Amazias. Joás destruiu cerca de 183 metros da sua muralha ocidental, desde a Porta de Efraim até à Porta de Esquina (2Rs 14:13). Este dano perpetrado contra as fortificações de Jerusalém deve ter sido reparado, embora não esteja registado. Na verdade, não estão registadas quaisquer actividades de reparação ou construção entre os reinados de Salomão e Uzias, com excepção de algumas obras de reparação no templo levadas a cabo por Joás, de Judá (2Rs 12:4-15; 2Cr 24:4-14).
O rei Uzias parece ter sido o primeiro rei em 200 anos a efectuar um qualquer tipo de construção apreciável em Jerusalém. Construiu algumas torres na Porta de Esquina, na Porta do Vale e nos ângulos da muralha (2Cr 26:9). O seu filho Jotão continuou a sua obra e construiu a Porta Superior do Templo, realizando também algumas obras no Muro de Ofel (2Cr 27:3). Do tempo de Ezequias também estão registadas grandes obras de construção. Este rei fez preparações febris para o fortalecimento das fortificações de Jerusalém, a fim de que a cidade fosse capaz de suportar um cerco por parte dos assírios. Construiu um grande túnel entre Giom e o tanque de Siloam (2Rs 20:20; 2Cr 32:4, 30) e, deste modo, conseguiu levar água até à cidade. Nessa mesma altura, ele construiu uma segunda muralha que circundou a parte sul do monte ocidental, tal como mostra a muralha descoberta por N. Avigad, trazendo para dentro das fortificações da cidade o tanque recentemente construído. Reconstruiu também o Milo na antiga cidade de David (2Cr 32:5; Is 22:10, 11).
Embora muitas outras cidades fortificadas de Judá tivessem sido destruídas pelas forças invasoras de Senaqueribe no tempo de Ezequias (2Rs 18:13), Jerusalém foi poupada e emergiu ilesa deste período difícil (cap.2Rs 19:32-36). Manassés, filho de Ezequias, construiu uma segunda muralha a nordeste, perto da Porta do Peixe (2Cr 33:14). Não se sabe se Jerusalém sofreu durante o reinado de Manassés, embora esteja registado que ele foi levado cativo pelos asssírios e que passou algum tempo numa prisão babilónica (vers. 2Cr 11). Poderá ter-se rendido aos assírios sem luta, embora a cidade possa ter sido cercada e capturada. Pouco tempo depois, no reinado de Josias, menciona-se pela primeira vez Jerusalém “na segunda parte” (Heb. mishneh, segundo algumas versões, “colégio”), zona na qual Hulda, a profetisa, morava (2Rs 22:14; 2Cr 34:22; cf. Sf 1:10). Não é certo se isto se refere à nova zona acrescentada a Jerusalém por Manassés, ou à zona noroeste já fortificada no tempo de Salomão.
O bom rei Josias fez reparações adicionais no templo (2Rs 22:3-7; 2Cr 34:8-13) e durante o seu reinado, Jerusalém experimentou uma grande reforma religiosa. Contudo, a sua morte repentina pôs fim a este último reavivamento espiritual e os seus sucessores caíram na idolatria e na impiedade. Como resultado, Jerusalém foi capturada três vezes num período de vinte anos: primeiro em 605 AC durante o reinado de Joaquim (Dn 1:1, 2); depois em 597 AC, altura em que Joaquim foi levado cativo (2Rs 24:10-16); e finalmente em 586 AC, no décimo-primeiro ano de Zedequias, quando Jerusalém foi destruída após um longo cerco e Zedequias foi levado cativo para Babilónia, com a maior parte da população de Judá (cap. 2Rs 25:1-21).
Depois de Jerusalém ter permanecido em ruínas durante cerca de cinquenta anos, regressou de Babilónia o primeiro grande grupo de cativos conduzido por Zorobabel. Isto aconteceu provavelmente em 536 AC, setenta anos (inclusive) depois da primeira deportação em 605 AC (ver Jr 25:11, 12; Jr 29:10). Este grupo logo se predispôs a reconstruir o templo mas eles experimentaram tanta oposição por parte dos samaritanos, para além de outras dificuldades, que a obra só terá realmente começado no segundo ano de Dario I, em 520/19 AC; o templo ficou finalmente pronto e foi dedicado a Deus em 515 AC, no sexto ano de Dario I (Ed 1:1-4; Ed 3:1-13; Ed 4:1-5, 24; Ez 5:1 a 6:16). No sétimo ano de Artaxerxes I, Esdras foi autorizado a levar consigo para Jerusalém um segundo grupo de cativos (Ed 7:6 a 8:32). Ele reorganizou a província e estabeleceu uma administração baseada na lei judaica em 457 AC. Foi provavelmente nos anos que se seguiram que os judeus de Jerusalém começaram a reconstruir a muralha da cidade. Contudo, mais uma vez, foram impedidos pelos seus inimigos (Ne 1:3), até que Neemias conseguiu que Artaxerxes I o nomeasse governador. Neemias foi para Jerusalém em 444 AC e terminou as obras de reparação em algumas semanas, apesar dos muitos obstáculos (cap. Ne 2:1 a 4:23; Ne 6:15).
A muralha de Neemias, sobre a qual existe informação detalhada (Ne 2:12-15; Ne 3:1-32; Ne 12:27-40), parece ter seguido a muralha da Antiga Cidade, tal como era na altura em que Jerusalém foi destruída por Nabucodonozor. Na sua descrição, ele menciona a maior parte das portas da cidade, assim como outras características topográficas, embora nem todas possam ser definitivamente identificadas. As localizações das várias portas da cidade, torres e outras estruturas referidas por Neemias são mencionadas sob os seus respectivos nomes em artigos separados.
Pouco se sabe da história de Jerusalém nos 250 anos que se seguiram a Neemias. Josefo relata uma discussão que teve por base o sumo sacerdócio e durante a qual Joanã matou o seu irmão no templo. Por causa disso, o governador persa castigou severamente a nação. Josefo também fala de uma visita de Alexandre, o Grande, a Jerusalém, altura em que a profecia de Daniel (aparentemente o cap. 8) lhe foi explicada. De acordo com Josefo, isto causou-lhe uma tal impressão, que ele se tornou amigo dos judeus. No tempo dos sucessores de Alexandre, Jerusalém foi uma capital administrada pelos sumos sacerdotes, umas vezes sob a soberania dos Ptolomeus do Egipto e outras sob o domínio dos Seleucidas da Síria.
Durante este período, Jerusalém foi grandemente influenciada pelo helenísmo. A língua, o modo de pensar, o modo de vestir e os costumes gregos tornaram-se moda, especialmente entre as classes dominantes que estavam em contacto directo com os estrangeiros. Uma facção, conhecida por Helenizadores, quis tornar Jerusalém numa cidade grega, tal como muitas outras fundadas ou reconstruídas pelos governantes helenísticos das áreas vizinhas. Para isso, criaram um ginásio grego e também implementaram os jogos atléticos. Mas o povo judeu opôs-se desesperadamente quando um dos governantes seleucidas, Antíoco IV Epifânio, fez uma tentativa determinada para helenizar os judeus à força, profanando o templo ao sacrificar animais impuros às deidades pagãs. Este facto esteve na origem da revolta macabeia e das guerras entre os sírios e os judeus, guerras das quais os macabeus saíram vencedores. Quando fizeram de Jerusalém a capital da sua nação independente, deu-se um grande crescimento, quer físico, quer em importância. A primeira mudança ocorreu quando Judas Macabeu tomou Jerusalém em 165 AC e rededicou o templo a Deus. Alguns anos mais tarde, o seu irmão Simão capturou a cidadela - Acra -, que parece ter-se localizado a sul do templo. Destruiu-a completamente, assim como o topo do monte onde ela se situava, usando os escombros para cobrir o Vale Tyropoeon Central, que se localizava entre as cordilheiras ocidental e oriental da cidade. Os governantes macabeus da Judeia construíram um palácio no monte ocidental que, nessa altura, se encontrava incluído no sistema defensivo da cidade. Construíram também uma cidadela a norte do templo, mais tarde conhecida por castelo, ou torre, de Antónia.
Pompeu e o seu exército romano capturaram Jerusalém em 63 AC, derrubando parte da sua muralha. Crassus saqueou o templo em 54 AC e os parcianos pilharam a cidade em 40 AC. Três anos mais tarde, Jerusalém foi capturada por Herodes, o Grande. Este restaurou as muralhas e adornou a cidade com muitas novas estruturas, tais como um palácio com três torres, chamadas Hippicus, Phasaelus e Mariamne (onde a “Cidadela “ agora se situa), um ginásio, um hipódromo e um teatro. Reconstruiu também a fortaleza conhecida por “a torre”, ou “castelo” (segundo algumas versões), ou “barracas” (segundo outras versões) de Antónia (At 21:34, 37; At 22:24; etc.). Nesta altura, o templo tinha cinco séculos e precisava urgentemente de reparações. Herodes queria mais do que repará-lo; ele planeava reconstruí-lo completamente. Isso implicava muitas alterações nas muralhas e fortificações do templo. Esta sua mais ambiciosa obra começou em 20/19 AC. O edifício central do templo ficou completamente construído em dezoito meses mas as outras construções da grande área do templo só terminaram por volta de 64 DC, dois anos antes do eclodir da revolta judaica contra os romanos.
Arquelau, o sucessor de Herodes, não realizou grandes construções mas Agripa I edificou o que ficou conhecido por terceira muralha. Alguns pensam que seguiu o percurso das muralhas norte e ocidental da actual Antiga Cidade, até à Porta de Jafa. Outros, contudo, acreditam que a terceira muralha percorre cerca de 460 metros a norte da actual Antiga Cidade, onde partes da velha muralha foram escavadas em vários locais, podendo, por isso, ser seguida durante alguns metros. Outros mantêm que a terceira muralha foi uma estrutura erigida à pressa no século II DC, por altura da revolta de Bar Cocheba.
No tempo de Herodes, o Grande (37-4 AC), no tempo do seu filho Arquelau (4 AC - 6 DC) e no tempo de Agripa I (41-44 DC), Jerusalém foi a capital do país mas não durante os dois períodos em que os procuradores romanos governaram a Judeia (6-41 DC e 44-66 DC). Estes fizeram de Cesareia a sua capital e só iam a Jerusalém durante as festas mais importantes, para o caso de surgirem problemas. Geralmente, só uma guarnição se encontrava estacionada no castelo de Antónia, a fim de garantir a lei e a ordem na cidade.
Quando eclodiu a revolta contra Roma na primavera de 66 DC, muito sangue foi derramado em Jerusalém. Sob a administração de Gessius Florus, o último procurador da Judeia, os judeus começaram a massacrar os gentios e estes passaram também a massacrar os judeus, até que toda a semelhança de ordem e governo desapareceu. Cestius Gallus, o emissário da Síria tomou o comando da Judeia e no outono de 66 DC marchou contra Jerusalém. Embora a certa altura tivesse atingido a muralha norte do templo, foi repelido e, por alguma razão desconhecida, retirou-se, perdendo muitos dos seus soldados nesse processo de retirada. Os cristãos, lembrando-se do aviso de Jesus (Mt 24:15-20), aproveitaram a oportunidade para saírem de Jerusalém, encontrando refúgio em Pela, na Pereia. Desde o final do ano 66 DC até à primavera de 70 DC, Jerusalém não sofreu qualquer ataque directo por parte dos romanos. Vespasiano, ao chegar ao país em 67 DC, seguiu o seu plano de o submeter ao seu controlo, permitindo que as várias facções políticas em Jerusalém se guerreassem, tornando-se, deste modo, cada vez mais fracas. Em 69 AC, quando Vespasiano foi proclamado imperador, a maior parte da Palestina encontrava-se nas mãos dos romanos mas transformara-se num deserto. Tito, o filho de Vespasiano, tomou o comando do exército e preparou-se imediatamente para capturar Jerusalém, a forte capital da Judeia.
Durante os três anos de guerra com Roma, houve um grande influxo de pessoas que entrou em Jerusalém. Tinham chegado à cidade, sem cessar, ondas de refugiados, entre os quais se encontravam grupos de soldados pertencentes a diferentes facções e comandados por líderes rivais. João de Gischala, na Galileia, era o líder dos zelotes, que se estabeleceram na zona baixa do templo. Simão bar Giora, o líder dos saqueadores, ocupou a zona superior da cidade; e Eleazer, filho de Simão, também um líder rebelde, tomou conta da parte superior do templo. Quando Tito deu início ao cerco de Jerusalém, com 80.000 soldados romanos, em Abril de 79 DC, os três líderes e os seus seguidores encontravam-se envolvidos em batalhas sangrentas uns contra os outros. Foram lutas implacáveis que duraram todos os cinco meses do cerco romano, em que uma secção após outras foi capturada e a fome imperava. Mais de 100.000 judeus morreram na cidade entre o início de Maio e o final de Julho. Nessa altura, o castelo de Antónia foi tomado e os sacrifícios do templo terminaram. Em Agosto, de acordo com o relato de Josefo, o templo foi conquistado e, novamente sob o comando de Tito, foi queimado. O monte a sudoeste de Jerusalém, chamado “A Cidade Superior”, caiu nas mãos dos romanos em Setembro. Josefo declara que mais de um milhão de judeus perdeu a vida durante o cerco de Jerusalém e que outros 97.000 foram feitos prisioneiros, entre os quais se encontravam João de Gischala e Simão bar Giora. A cidade foi arrasada para que o mundo visse que até as mais fortes muralhas não podiam suster o exército romano. Somente três torres do palácio de Herodes e parte da muralha ocidental permaneceram de pé como monumentos da anterior glória de Jerusalém e a fim de servirem como posto militar para a guarnição romana.
Jerusalém recuperou lentamente desta catástrofe mas quando o imperador Adriano a refortificou e começou a reconstruí-la como cidade gentílica, os judeus revoltaram-se novamente, desta vez sob o comando de Bar Cocheba, em 132 DC. Depois que esta revolta foi esmagada em 135 DC, a reconstrução da cidade foi retomada e terminada e todos os judeus foram banidos de lá. O seu nome passou a ser Colonia Aelia Capitolina, indicando que era uma colónia romana assim denominada em honra de Adriano, cujo nome completo era Publius Aelius Hadrianus, tendo também sido dedicada a Jupiter Capitulinus. O templo a este deus romano foi construído no local do antigo templo. Os cristãos também se instalaram em Jerusalém e no século IV, esta tornou-se praticamente numa cidade cristã. Helena, mãe de Constantino, construiu uma igreja no Monte das Oliveiras em 326 DC e em 333 DC, Constantino construiu a Igreja do Santo Sepulcro no local onde, supostamente, Jesus terá ressuscitado. A interdição contra os judeus foi levantada nessa altura.
Em 614 DC, os persas, sob as ordens de Chosroes II, capturaram Jerusalém, destruíram a Igreja do Santo Sepulcro, massacraram milhares dos seus habitantes e levaram cativos outros tantos milhares. A cidade foi recapturada pelo imperador romano Heraclio quatorze anos mais tarde, rendendo-se aos árabes sob o comando de Omar em 638 DC. Desde então e na maior parte do tempo, esteve sob domínio muçulmano. O local onde o templo de situava tornou-se num valado muçulmano sagrado chamado Haram esh-Sherîf, onde se encontra o terceiro santuário muçulmano mais sagrado, a Catedral da Rocha (erradamente apelidada de Mesquita de Omar). Encontra-se no local onde se acredita ter-se situado o altar de bronze de Salomão. Na extremidade sul do valado está a Mesquita el-Aqsa. Embora existissem períodos em que os cristãos foram humilhados em Jerusalém, no seu todo não foram muito maltratados, sendo geralmente tolerados. A situação mudou quando os bárbaros turcos, denominados por Seljuk, tomaram Jerusalém em 1077 DC. Toda a Europa se mostrou indignada com as humilhações que os cristãos sofreram na Santa Cidade. Daí resultaram as cruzadas. Em 1099 DC, Jerusalém foi conquistada, sendo aí estabelecido um reino cristão que durou 88 anos. Em 1187, Saladim, sultão do Egipto e da Síria, tomou a cidade e reconstruiu as suas fortificações. Jerusalém foi devolvida aos cristãos por mais dois períodos: primeiro em 1229 DC, quando o Imperador Frederico II da Alemanha a obteve para si por meio de um tratado e os cristãos a mantiveram em seu poder durante dez anos e novamente em 1243 DC, quando foi incondicionalmente dada aos cristãos. Mas um ano mais tarde, foi tomada pelos turcos Khwarazm, depois caiu nas mãos dos egípcios e, em 1517, os turcos otomanos conquistaram-na, mantendo-a em seu poder até 1917, quando Jerusalém se rendeu aos britânicos, sob o comando do General Allenby. A actual muralha que rodeia a chamada Velha Cidade foi construída pelo sultão turco Suleiman, o Magnífico, em 1542. No tempo em que a Palestina foi um território sob governação britânica (1923-1948), Jerusalém foi a sua capital. Durante a guerra judaico-árabe em 1948, houve uma grande batalha em Jerusalém e o bairro judaico da Velha Cidade murada foi completamente destruído. Entre 1948 e 1967, a cidade foi dividida. A parte principal da cidade actual fora das muralhas, situando-se na sua maioria a oeste da Velha Cidade, ficou nas mãos dos israelitas e tornou-se na capital do Estado de Israel. A sua população, em 1967, elevava-se a cerca de 200.000 pessoas. A Velha Cidade, dentro das muralhas, ficou na posse dos árabes, formando parte do Reino Hachemita do Jordão. A nova cidade árabe espalhou-se para norte da Velha Cidade. A zona de Jerusalém na posse dos árabes possuía uma população de cerca de 70.000 pessoas em 1967. Como resultado da vitória israelita na guerra dos seis dias em 1967, Jerusalém foi reunificada e o bairro judaico que, dentro da Velha Cidade se encontrava destruído, foi reconstruído e repovoado pelos judeus. O estado legal da cidade não será decidido até que seja conseguido um ajustamento político para o país.
III - História da Investigação Arqueológica em Jerusalém - A obra arqueológica tem sido levada a cabo em Jerusalém há mais de cem anos; por um lado, tem sido realizada por eruditos aí residentes, sacerdotes e outros e, por outro lado, por escavações organizadas. Ao primeiro grupo pertence Charles Clermont-Ganneau (1846-1923), que foi para Jerusalém em 1867 e viveu no Oriente durante vários anos. As suas descobertas, estudos topográficos e publicações tornaram-se num bom fundamento sobre o qual os outros eruditos construíram. Entre as suas mais importantes descobertas encontram-se as Inscrições Gregas de Aviso, que Herodes colocou no Templo, e duas inscrições tumulares do tempo de Ezequias, encontradas em Silwan. Um outro residente em Jerusalém durante muitos anos, um arquitecto, o Dr. Conrad Schick (1822-1901), foi incansável nas suas investigações, a fim de reconstruir a história antiga da Cidade Santa. Gustaf Dalman (1855-1941), o director do Instituto Arqueológico Alemão em Jerusalém, entre 1902 e 1914, L.-H. Vincent, da Escola Bíblica Francesa, durante meio século e W. F. Albright, durante dez anos director da Escola Americana de Investigação Oriental em Jerusalém ocupam o primeiro lugar entre os que clarificaram a extremamente difícil história arqueológica da Jerusalém antiga.
As escavações sistemáticas iniciaram-se em 1867, quando Charles Warren trabalhou em Ofel para o recentemente formado Fundo de Exploração da Palestina. Através de profundos poços e túneis (para cima de 25 metros), ele localizou parte do que restava das primeiras muralhas. Às suas descobertas pertence a “muralha Warren de Ofel”, a sul da esquina sudeste de Haram esh-Sherîf, que data do tempo do antigo Israel. Descobriu também o poço que os jebuseus cavaram, a fim de providenciarem um acesso que fosse desde a cidade até à nascente de Giom. Fez também escavações junto à Porta da Corrente, em Haram esh-Sherîf, que provaram que a rua actual que dá acesso à Porta se dirige para o “Arco de Wilson”, um antigo viaduto que cruza o Vale Tyropoeon. Entre 1880 e 1881, Hermann Guthe, assistido por Conrad Schick, levou a cabo algumas escavações à volta da saída do túnel de Siloam, na vertente sul do monte a sudeste, pondo a descoberto porções da antiga muralha da cidade, na encosta este do monte a sudeste. Entre 1894 e 1897, Bliss e Dickie exploraram as fortificações a sul da antiga cidade para o Fundo de Exploração Palestiniano. Descobriram a antiga muralha a sudeste do Tanque de Siloam, puseram a descoberto a muralha que atravessava o Vale Tyropoeon, muralha essa que continuava pelas encostas a sul do monte a sudoeste. Durante as escavações clandestinas levadas a cabo, entre 1909 e 1911, pelo Capitão M. Parker (que procurava os tesouros escondidos do Templo), foi desimpedido o túnel de Siloam e L.-H. Vincent foi capaz de indicar no mapa este túnel e também outras partes dos antigos sistemas de água ligados à nascente de Giom. Em 1913, Raymond Weil deu início a umas escavações ambiciosas para o Barão E. de Rothschild, planeando sistematicamente colocar a descoberto toda a zona sul do monte a sudeste. O eclodir da Primeira Grande Guerra logo pôs termo a esta obra. Mas ele descobriu na parte sul do monte a sudeste uma grande torre redonda, provavelmente de origem hebraica. Encontrou também uma inscrição grega da sinagoga de Teodoto. Continuou as suas escavações durante mais uma época (1923 a 1924), durante as quais descobriu uma parte da muralha sul, colocando também a descoberto um túmulo que poderá ter pertencido à necrópole real dos reis de Judá; uma vez que os túmulos desta área há muito que se encontravam todos destruídos e não existia material que não tivesse sido estratigraficamente perturbado, a sua natureza continua incerta. Macalister e Duncan escavaram a zona este de Ofel entre 1923 e 1925 para o Fundo de Exploração da Palestina. A sua principal descoberta foi uma parte de uma fortaleza e de uma torre confinante, que eles interpretaram como pertencendo às fortificações jebusaicas e davídicas e que investigações posteriores mostraram que datavam do tempo de Neemias. Outra escavação importante, efectuada para a Escola Britânica de Arqueologia na Palestina e para o Fundo de Exploração da Palestina, foi levada a cabo por J. W. Crowfoot e G. M. Fitzgerald na zona ocidental do monte a sudeste em 1927. Eles descobriram uma porta da cidade, talvez a “Porta do Vale” do VT, com uma estrada que ia desde esta porta até ao Vale Tyropoeon.
A norte, foram levados a cabo três importantes empreendimentos. Entre 1925 e 1927, Sukenik e Mayer, da Universidade Hebraica de Jerusalém, puseram a descoberto grandes porções da muralha que se situava mais a norte e que eles denominaram por “a terceira muralha”. Outros sectores desta muralha têm vindo a ser descobertos e escavados ocasionalmente desde então. Johns, do Departamento Britânico de Antiquidades, efectuou escavações dentro da Cidadela entre 1934 e 1940, mostrando que as torres do palácio de Herodes se situavam sobre as fundações que remontavam aos tempos helenísticos. Novas escavações levadas a cabo por R. Amiran e A. Eitan entre 1968 e 1969 aperfeiçoaram e completaram o quadro apresentado por Johns. Entre 1937 e 1938, Hamilton, também do Departamento de Antiquidades, levou a cabo algumas sondagens fora da muralha a norte da actual Antiga Cidade e da Porta de Damasco. As escavações efectuadas junto desta porta foram retomadas por Hennessy entre 1964 e 1966. Mostraram que a actual Porta de Damasco se encaixa numa estrutura que foi originalmente construída por Agripa I no século I DC e que foi, mais tarde, reconstruída por Adriano no século II.
Também foram levadas a cabo escavações dentro da cidade, principalmente em conventos e igrejas. Estas escavações esclareceram algumas questões relativas à extensão da Torre de Antónia, à cidade do tempo de Constantino e às estruturas erigidas no seu tempo.
Têm sido efectuadas escavações, com resultados extremamente importantes, desde 1961, primeiro por K. Kenyon até 1967 e desde a guerra dos seis dias, em 1967, por arqueólogos judaicos. Só aqui serão mencionadas as mais importantes.
As escavações de Kenyon clarificaram e corrigiram descobertas anteriores das fortificações antigas na zona este de Ofel. Ela descobriu as muralhas jebusaicas e davídicas da antiga Jerusalém e provou que as ruínas das fortificações (que se pensavam ser do tempo dos jebuseus e de David) foram, de facto, erigidas por Neemias.
Em Muristan, a sul da Igreja do Santo Sepulcro, foi escavado um fosso no leito de uma rocha, mostrando que esta área se situava fora das muralhas da cidade no tempo de Cristo. Estas provas foram mais tarde confirmadas por escavações levadas a cabo por U. Lux durante as obras de restauro da Igreja Luterana do Redentor, que se situa entre Muritan e a Igreja do Santo Sepulcro. Estas descobertas mostraram que o Santo Sepulcro, construído no século IV e no local que os cristãos contemporâneos consideravam como sendo o lugar onde a crucificação e o sepultamento de Cristo aconteceram, se localizava num sítio que, no tempo de Cristo, ficava fora da cidade. Portanto, é possível que este local tradicional seja o local dos sofrimentos e ressurreição de Cristo.
As escavações efectuadas por Mazar desde 1968 a oeste e a sul da área do templo colocaram a descoberto, para além das ruínas da Jerusalém bizantina e islâmica, importantes achados da cidade herodiana do tempo de Cristo. Estes achados incluíam umas escadas monumentais com 64 metros de largura e que iam desde Ofel, a zona baixa de Jerusalém, até à Porta de Hulda, que dava acesso à área do Templo, para quem vinha do sul.
As escavações realizadas no bairro judaico da Cidade Velha desde 1969 sob a direcção de Avigad mostraram as ruínas de várias casas destruídas em 70 DC. Ainda continham muitos dos seus utensílios e móveis. A mais importante descoberta, contudo, foi uma secção da muralha da cidade, erigida no século VIII AC provavelmente pelo rei Ezequias, que cercou a nova área situada no monte ocidental de Jerusalém. Foram escavados cerca de 65 metros desta muralha, que tem cerca de 7 metros de largura e que foi preservada até uma altura de 3 metros. Também foi descoberta por Avigad uma torre pertencente à muralha ocidental de Jerusalém e que se provou ter sido destruída pelos babilónios em 586 AC. Estas descobertas necessitaram da correcção do plano da antiga Jerusalém.
IV - Os Resultados de Um Século de Investigações Arqueológicas em Jerusalém - Embora ainda não tivessem sido resolvidos muitos dos problemas históricos e topográficos, poderão mencionar-se alguns resultados positivos. A localização e tamanho da Jerusalém jebusaica e da Cidade de David foram estabelecidos com toda a certeza. Também o percurso das muralhas dessa cidade mais antiga e a localização de algumas das suas portas podem agora ser conhecidos. As obras relativas ao transporte de água efectuadas pelos jebuseus e por Ezequias foram exploradas. Também a extensão aproximada da área do templo e a localização do templo dentro dessa área foram estabelecidas. Igualmente conhecidas são a localização e extensão da Torre de Antónia, do palácio de Herodes, do tanque de Betesda, do tanque de Siloam, da nascente de Giom, do poço de Enrogel e dos Vales Cedrom e Hinom. Ainda por conhecer está a maior parte do percurso exacto das muralhas da cidade durante os vários períodos da história da antiga Jerusalém.
( Seventh-Day Adventist Bible Dictionary )